Desde o início do mandato, Lula já promoveu sete trocas ministeriais (Reprodução/ Canal Gov)
Redatora
Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 10h00.
Última atualização em 20 de janeiro de 2025 às 10h15.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou nesta segunda-feira, 20, a primeira reunião ministerial de 2025 com um tom de cobrança e a mensagem de que é preciso entregar mais à população. Lula admitiu que "o governo não entregou tudo o que foi prometido para o povo" e destacou a urgência de melhorar os resultados e a comunicação do governo. A reunião também abordou a crise causada por fake news relacionadas ao Pix, destacando a necessidade de estratégias mais coesas para combater a desinformação.
Entre os destaques do encontro, está a entrada de Sidônio Palmeira como novo chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom). O publicitário, empossado na semana passada, reforçou a importância de um discurso unificado entre os ministérios. “Não adianta um atirar para um lado e outro atirar para o outro. Vamos conversar com as assessorias do ministério para isso”, afirmou Sidônio, em um claro sinal de que a comunicação será tratada como prioridade no governo.
A crise gerada por desinformações envolvendo o Pix também foi tema central da reunião. A decisão de Lula de recuar na norma da Receita Federal, que previa monitorar movimentações financeiras por meio da ferramenta, foi amplamente discutida. Sidônio Palmeira destacou que a mudança foi necessária porque “a batalha estava perdida junto à opinião pública” após quase duas semanas de intensa circulação de fake news. Segundo o governo, mesmo com uma eventual campanha publicitária, o impacto negativo era difícil de reverter.
O encontro também trouxe à tona a expectativa de novas mudanças na equipe ministerial. Desde o início do mandato, Lula já promoveu sete trocas no alto escalão, muitas delas focadas em fortalecer alianças com o Centrão. A estratégia tem como objetivo ampliar o apoio no Congresso e consolidar bases para as eleições presidenciais de 2026.
A articulação política continua intensa, com partidos aliados pressionando por mais espaços no governo. Apesar disso, Lula ainda não convocou os líderes dessas legendas para discutir o tema. O presidente deixou claro que as entregas concretas e um discurso coeso serão essenciais para enfrentar os desafios até o próximo pleito.
Com o foco em resultados e articulação, o governo já direciona suas ações para garantir uma base sólida em 2026, marcando um início de ano de grandes desafios e metas ambiciosas.
*Com o Globo