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Governo Lula é bom ou ótimo para 32,4% e ruim ou péssimo para 43,5%, diz pesquisa Futura

Essa é a primeira vez que a avaliação negativa supera a positiva em mais de 10 pontos percentuais. Na pesquisa anterior, as duas avaliações estavam tecnicamente empatadas

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 19h05.

O percentual de eleitores que avaliam o trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ótimo ou bom é de 32,4%, enquanto os que consideram ruim ou péssimo é de 43,5%, aponta a pesquisa do instituto Futura Inteligência divulgada nesta terça-feira, 10.

O levantamento mostra ainda que 22,5% consideram o trabalho regular, e 1,6% não sabem ou não responderam sobre o governo do petista. Essa é a terceira vez que a avaliação negativa fica numericamente acima da positiva na série histórica da pesquisa, que conta com sete rodadas.

Essa é a primeira vez que a avaliação negativa supera a positiva em mais de 10 pontos percentuais. Na pesquisa anterior, as duas percepções estavam tecnicamente empatadas.

Na comparação com a última pesquisa Futura, a avaliação negativa oscilou positivamente em 2,3 pontos percentuais, de 41,2% para 43,5%, enquanto a positiva variou negativamente em 7,1 pontos percentuais, de 39,5% para 32,4%.

Lula é melhor avaliado entre mulheres, pessoas acima de 45 anos, com ensino fundamental completo, renda de até um salário mínimo, católicas e do Nordeste. Por outro lado, a maioria que possui opinião negativa em relação ao presidente são homens, entre 35 e 59 anos, com ensino médio e superior completo, renda acima de um salário mínimo, evangélicos, do Sul e Sudeste.

Segundo o estudo, os números demonstram que a imagem do petista piorou, com uma parte da avaliação positiva transferida para quem considera o trabalho regular e outra parcela para quem considera o trabalho negativo.

Avaliação negativa sobe no Sudeste e positiva cresce no Centro-Oeste

No recorte regional, a avaliação negativa de Lula no Sudeste subiu de 38,5% para 48%, um salto de 9,5 pontos percentuais. Já a avaliação positiva caiu de 41,8% para 30,4%, uma diferença de mais de 17 pontos percentuais entre os índices. Essa é a terceira vez que a avaliação negativa supera a positiva no Sudeste, com a maior disparidade da série histórica.

No Centro-Oeste, a avaliação "Ótimo/Bom" atingiu o pico histórico desde o início do governo, com 37,4%. Pela primeira vez, a aprovação ficou tecnicamente empatada com a avaliação negativa, que foi de 38,3%.

No Nordeste, região onde Lula obtém seus melhores resultados, houve uma queda na avaliação positiva, de 51% para 36,8%. Por outro lado, a avaliação negativa subiu de 30,5% para 36,4% em relação à pesquisa de agosto.

No Sul, a avaliação negativa caiu de 57,9% para 48,3%, após atingir o máximo em agosto. A avaliação "Ótimo/Bom" apresentou variação positiva, subindo de 26,7% para 29%. Já a avaliação "Regular" cresceu de 15,4% para 21,8%.

No Norte, a avaliação negativa teve uma redução significativa, de 51,2% para 42,6%, enquanto a regular aumentou de 18,5% para 29,4%. A avaliação positiva variou de 26,3% para 28%.

Percepção negativa sobre a economia cresce

A percepção sobre o cenário econômico piorou em relação à pesquisa de agosto. O percentual de entrevistados que consideram a economia brasileira ruim ou péssima subiu de 40,6% para 52,5%, um aumento de 11,9 pontos percentuais. Já a percepção positiva caiu de 16,9% para 12,8%, enquanto a regular teve uma queda de 40,4% para 33,5%.
Na geração de empregos, a opinião dos eleitores se mostrou menos favorável, mesmo com a menor taxa de desemprego da história, segundo o IBGE. Quanto ao combate à inflação, a avaliação negativa cresceu enquanto a positiva apresentou queda.

A pesquisa Futura Inteligência utilizou uma amostra do tipo não probabilística, com 1.000 entrevistas realizadas entre os dias 18 e 25 de novembro de 2024. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. As entrevistas foram realizadas via **CATI** (entrevistas telefônicas assistidas por computador), respeitando critérios de aleatoriedade e proporções populacionais de sexo, idade e estado de moradia, com respondentes acima de 16 anos.

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