Governo federal decidiu liberar 1 bilhão de reais para tentar acelerar obras que possam ser inauguradas ou iniciadas antes do final do mandado de Temer (Ueslei Marcelino/Reuters)
Reuters
Publicado em 24 de outubro de 2018 às 13h28.
Brasília - O governo federal decidiu liberar 1 bilhão de reais para tentar acelerar obras que possam ser inauguradas ou iniciadas antes do final do mandado do presidente Michel Temer, anunciou nesta quarta-feira o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun.
Na lista estão 20 ações, classificadas pelo governo de "desafios", e que serão aceleradas para serem - na maior parte dos casos - inauguradas até dezembro.
Estão na lista, por exemplo, a inauguração da modernização do porto de Vitória, a etapa até Fortaleza da transposição do São Francisco, a duplicação e restauração da BR 163 entre Jaciara e Cuiabá, a segunda ponte do Guaíba (RS) e o lançamento do submarino Riachuelo.
Em alguns casos, como da ponte do Guaíba, a inauguração será parcial. Prometida desde o governo de Dilma Rousseff, a ponte está cumprindo o cronograma mas enfrenta problemas com desapropriações. De acordo com o ministro dos Transportes, Valter Casimiro, será possível inaugurar só um lado da ponte, que leva de Porto Alegre a Guaíba, mas não o lado contrário.
No caso do submarino, o cronograma também está sendo cumprido, não havendo, segundo Marun, um "desafio" específico além de mantê-lo.
O governo incluiu na lista ainda a assinatura da Ordem de Serviço da segunda ponte entre Brasil e Paraguai na região de Foz do Iguaçu, entre a localidade brasileira de Porto Meira e Presidente Franco, no Paraguai. As obras devem começar imediatamente e durar três anos. O custo, de 280 milhões de reais, deverá ser bancado pela hidrelétrica de Itaipu, que tem um fundo para desenvolvimento da região.
O governo coloca ainda no pacote a assinatura do acordo com o governo paraguaio para construção de uma terceira ponte, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, também bancada por Itaipu. Esta tem um custo estimado de 210 milhões de reais, de acordo com Casimiro, mas o projeto - que será feito pelo Paraguai - ainda não existe, o que pode mudar esse orçamento.
"Os critérios para definição dessas escolhas foram obras que não seriam entregues este ano sem um esforço maior, a relevância para a população e depois, buscamos ações e iniciativas em todas as áreas", disse Marun.
De acordo com o ministro, Temer deve ir a todas as inaugurações possíveis. A primeira deverá ser em 15 de novembro, do Laboratório Acelerador de Elétrons Siriuse, em Campinas (SP).