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Governo faz força-tarefa para manter cronograma da Previdência

Lideranças da base aliada pressionaram o presidente Temer para retardar o cronograma de votação para uma maior discussão na Câmara

Temer: um eventual adiamento seria prejudicial, com o risco de aumentar o desgaste do governo nas negociações do Congresso (Adriano Machado/Reuters)

Temer: um eventual adiamento seria prejudicial, com o risco de aumentar o desgaste do governo nas negociações do Congresso (Adriano Machado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2017 às 17h11.

Lideranças políticas da base aliada do governo no Congresso Nacional pressionam para o presidente Michel Temer retardar o cronograma de votação da proposta de Reforma da Previdência para uma maior discussão na Câmara dos Deputados.

Para interromper o movimento, o governo armou uma contra ofensiva e integrantes do Planalto, da equipe econômica e da Câmara, ouvidos pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) garantiram que o planejamento original será mantido.

A avaliação é que um eventual adiamento seria prejudicial, com o risco de aumentar o desgaste do governo nas negociações do Congresso.

O prazo com o qual o governo trabalha para a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados permanece sendo final de abril, informou a Casa Civil.

O ministro da pasta, Eliseu Padilha, é quem tem liderado as articulações do governo com os parlamentares para aprovação da emenda constitucional.

Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que continua com a previsão de pautar a PEC da reforma no plenário da Casa a partir da segunda quinzena de abril.

Segundo ele, porém é possível que a votação só seja concluída na segunda semana de maio. A proposta precisa ser aprovada em dois turnos, com votos de pelo menos 308 dos 513 deputados.

Na comissão especial, o cronograma também segue "mantido", de acordo com o presidente do colegiado, deputado Carlos Marun (PMDB-MS).

"Cronograma mantido. Março para ouvirmos contribuições externas na comissão e, após apresentação do relatório pelo relator, nos primeiros 15 dias de abril a votação", disse o peemedebista ao Broadcast.

"Não adianta mudar o calendário. Não vai melhorar a chance de aprovação. As posições não vão mudar. Pelo contrário, é mais desgaste", disse um integrante da equipe econômica. Segundo a fonte, o governo continua com o plano original.

Assessores do presidente Michel Temer no Palácio do Planalto informaram que o prazos estão mantidos e não haverá adiamento.

A avaliação do governo é de que é preciso ter uma coordenação mais próxima com os líderes do governo para garantir a aprovação.

O diagnóstico é de que os parlamentares estão sendo bombardeados por informações equivocadas, inclusive de que não há déficit na Previdência.

O governo vai reforçar a divulgação dos dados da Previdência e a campanha publicitária. "O Congresso está sendo bombardeado com informações distorcidas e mal intencionadas", disse a fonte.

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