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Governo evitará concentrar ações da Eletrobras em único comprador

Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a ideia é "pulverizar o controle da empresa"

Dyogo Oliveira: "Temos a preocupação de que não haja uma concentração dessas ações" (José Cruz/Agência Brasil)

Dyogo Oliveira: "Temos a preocupação de que não haja uma concentração dessas ações" (José Cruz/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de agosto de 2017 às 15h47.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse hoje (23) que o governo discute formas de evitar a concentração das ações da Eletrobras nas mãos de um único comprador.

Segundo ele, a ideia é pulverizar o controle da empresa. Na segunda-feira (21), o Ministério de Minas e Energia informou que vai propor a redução da participação da União no capital da Eletrobras, com sua consequente democratização na Bolsa de Valores.

"Temos a preocupação de que não haja uma concentração dessas ações. Isso não está definido, mas está sendo discutido, sim", disse o ministro a jornalistas, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto.

E completou "A ideia é, como o ministro Fernando Bezerra [ministro de Mina e Energia] divulgou, democratizar o controle da empresa. A ideia é pulverizar o controle".

Dyogo Oliveira disse ainda que um processo de descotização provocaria impacto. A descotização é a mudança do sistema de precificação da energia nas geradoras, que pode gerar pagamento de outorgas ao governo.

"Haverá um impacto considerável, que depende da modelagem que ainda está sendo discutida. Mas sem dúvida isso terá um impacto considerável, porque haverá o pagamento da outorga pela renovação das concessões. Isso é dinheiro que entra para o governo", disse.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o governo permanecerá como acionista da Eletrobras, recebendo dividendos ao longo do tempo, e a União manterá poder de veto na administração da companhia, garantindo que decisões estratégicas no setor sejam preservadas.

A medida, segundo o ministro, busca dar mais competitividade e agilidade à empresa para gerir suas operações, sem as amarras impostas às estatais.

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