Caminhoneiros: novo lote de empresas descumpriu a decisão do Supremo e não desocupou vias afetadas pela paralisação (Ueslei Marcelino/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 30 de maio de 2018 às 16h41.
Última atualização em 30 de maio de 2018 às 16h42.
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen, disse hoje (30) que o governo trabalha para identificar os responsáveis por atos de violência que impedem os caminhoneiros de retornar ao trabalho.
Segundo ele, as investigações estão "chegando aos responsáveis por esses movimentos".
"Estamos trabalhando na identificação e análise de todos os dados que temos e estamos chegando nos responsáveis por esses movimentos. Não gostaria de ir adiante nisso para não atrapalhar nas investigações", disse em entrevista coletiva após reunião do Grupo de Acompanhamento da Normalização do Abastecimento, no Palácio do Planalto.
O ministro disse que as cenas de violência contra caminhoneiros nas estradas do país ultrapassam todos os limites da civilidade: "É inviável o uso da violência para afirmar suas posições. Vamos atuar com a energia que se fizer necessária".
A ministra da advocacia-geral da União (AGU), Grace Mendonça, disse que vai apresentar ainda hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF) um novo lote de empresas que descumpriram a decisão do Supremo e não desocuparam vias afetadas pela paralisação dos caminhoneiros. Até o final da semana, será apresentado um terceiro lote.
Na última sexta-feira, atendendo a um pedido da AGU, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes concedeu liminar que estabeleceu penalidade de R$ 100 mil por hora a empresas que colocassem veículos para bloquear estradas ou permanecer em acostamentos de rodovias federais ou estaduais durante as manifestações.
Na noite de ontem (29), a AGU enviou uma relação com os dados de 96 empresas que, somados os valores cobrados em multas judiciais chegam a R$ 141,4 milhões. "Seguimos trabalhando para apresentarmos ao Supremo novos pedidos", disse Grace Mendonça.