Força Nacional de Segurança: os reforços foram requisitados pelos governos do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Ceará e do Distrito Federal (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2013 às 06h42.
Brasília - O governo informou nesta terça-feira que enviará efetivos da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) para as cinco cidades-sede da Copa das Confederações com a intenção de reforçar a segurança e a ordem pública, em meio à onda de protestos que vêm agitando o país desde a semana passada.
O Ministério da Justiça informou em comunicado que os policiais serão enviados aos estados que solicitaram e que o tempo de permanência delas dependerá da decisão de cada governo estadual.
Segundo o comunicado, os reforços foram requisitados pelos governos do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Ceará e do Distrito Federal. A única sede que não solicitou a Força Nacional foi o Recife.
O Ministério da Justiça informou que o envio de reforços estava previsto antes dos protestos, mas não esclareceu porque o desembarque dos policiais nas cidades está ocorrendo apenas quatro dias após o início do torneio.
Apesar de o Ministério ter negado uma relação direta entre o envio de tropas e os protestos, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, admitiu ontem que pediu apoio da Força Nacional para ajudar a conter os incidentes violentos que ocorreram em algumas manifestações.
Os protestos começaram na semana passada em São Paulo, exclusivamente contra o aumento nas tarifas do transporte público, mas acabaram se estendendo para outras cidades e revelando uma onda de descontentamento social em todo o país.
Os manifestantes exigem maiores investimentos na saúde e na educação pública e criticam a corrupção, o desperdício de recursos públicos e os gastos elevados do governo para organizar eventos como a Copa do Mundo de 2014.
Os protestos reuniram na segunda-feira cerca de 250 mil pessoas em 20 cidades e continuaram nesta terça-feira em São Paulo com a presença de aproximadamente 50 mil manifestantes.
Para a próxima quinta-feira foram convocadas novas mobilizações em várias cidades.