Brasil

Governo encara rebaixamento com tranquilidade, diz líder

Senador Humberto Costa disse que o governo considerou "natural" e "encarou com tranquilidade" a decisão da agência Standard & Poor's


	Senador Humberto Costa (PT-PE): líder justificou que as empresas têm "outros interesses" ao tomar esta decisão e cita que isto não reflete a situação real do País de hoje
 (Antonio Cruz/Abr)

Senador Humberto Costa (PT-PE): líder justificou que as empresas têm "outros interesses" ao tomar esta decisão e cita que isto não reflete a situação real do País de hoje (Antonio Cruz/Abr)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 22h07.

Brasília - O líder do PT no Senado, Humberto Costa, disse nesta segunda-feira, 24, que o governo considerou "natural" e "encarou com tranquilidade" a decisão da agência Standard & Poor's de rebaixar, nesta segunda-feira, a nota de crédito soberano do Brasil em um nível, passando de "BBB" para "BBB-". Ele justificou que as empresas têm "outros interesses" ao tomar esta decisão e cita que isto não reflete a situação real do País de hoje.

Para o senador Costa, "o Brasil permanece na condição de país de baixo risco de investimento e continua com seus pressupostos econômicos bastante sólidos". Ele acrescenta ainda que esta decisão "reflete um cenário que não é mais um cenário de hoje, e sim um cenário de uma verdadeira de enxurrada de avaliações negativas, de pessimismo, e que não leva em consideração o que está acontecendo nesses primeiros meses do ano, quando temos aí o crescimento do emprego, crescimento do PIB, que deve ser confirmado nos próximos dias, crescimento industrial, e continuamos com a inflação sob controle".

As declarações do senador foram dadas no Planalto, após reunião com a ministra Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, sobre a pauta do Congresso nesta semana. Tentando desdenhar da decisão da empresa de classificação de risco, o senador Humberto Costa acrescentou ainda que "essas agências ainda tem explicações a dar para o mundo, porque foram essas agências que indicavam os investidores que aplicassem em bancos e empresas americanas na época em que houve aquela bolha e que várias empresas e bancos quebraram e com eles muitos acionistas".

Sugerindo que a decisão tem interesses econômicos e até eleitorais, o líder do PT afirmou também que "é óbvio que essas notas não são uma coisa absolutamente inocente", que não são "imparciais". Para ele, "essas agências também refletem interesses de especuladores".

Questionado a quem interessava, neste momento, rebaixar a nota do Brasil, o senador respondeu: "eu acho que, nesse momento, se trava um grande debate no ano eleitoral". Obviamente, que a oposição se sente bastante confortável com isso, quando jornais estrangeiros se manifestam sobre a situação do Brasil, do ponto de vista que não é uma forma inocente".

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