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Governo, empresários e sindicatos vão discutir trabalho no PAC

Discussão não vai girar apenas em torno de Jirau, mas de todas obras de infraestrutura programadas

Protesto da CUT em SP: sindicatos vão debater com governo e inciativa privada (Reprodução/TV CUT)

Protesto da CUT em SP: sindicatos vão debater com governo e inciativa privada (Reprodução/TV CUT)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 15h03.

Brasília – Após os conflitos nos canteiros de obras das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, pediu ao governo uma reunião entre centrais sindicais, empresas responsáveis pelas obras e o governo federal para discutir as condições de trabalho em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O encontro foi marcado para a próxima terça-feira (29), de acordo com o presidente da CUT.

A solicitação foi feita durante reunião, hoje (23), com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

“Já tínhamos feito no ano passado uma reunião via Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e queremos retomar [a reunião] para discutir as condições de trabalho nas obras do PAC. Queremos a discussão não só de Jirau, mas envolvendo todas as obras de infraestrutura que estão programadas, como as da Copa do Mundo, do programa Minha Casa, Minha Vida e do trem-bala”, disse.

Além de discutir as condições de trabalho, a CUT quer também que sejam garantidas contrapartidas sociais em obras com financiamento público. “As contrapartidas envolvem emprego, renda e diálogo para tratar de condições de trabalho”, explicou Artur Henrique.

O presidente da CUT afirmou que, durante a reunião com Gilberto Carvalho, também cobrou o apoio do governo para acabar com o imposto sindical. Artur Henrique apresentou um termo de compromisso firmado em agosto de 2008 entre o Ministério do Trabalho e quatro centrais, além da CUT, pelo fim do imposto.

“Falta sair da Casa Civil o projeto de lei que acaba com o imposto sindical e determina a implementação da contribuição da negociação coletiva aprovada em assembléia pelos trabalhadores”, disse.

Atualmente as demais centrais sindicais não apoiam a proposta da CUT de acabar com o imposto sindical.

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