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Governo do RJ troca comando da inteligência da PM após prisão de policiais

Exoneração foi apontada por Witzel como essencial para aprofundar investigações de desvios cometidos por agentes que atuam no serviço de inteligência

PMRJ: governo do Estado do Rio de Janeiro trocou o comando do serviço de inteligência da Polícia Militar (Tânia Rego/Agência Brasil)

PMRJ: governo do Estado do Rio de Janeiro trocou o comando do serviço de inteligência da Polícia Militar (Tânia Rego/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 29 de novembro de 2019 às 13h34.

Rio de Janeiro — O governo do Estado do Rio de Janeiro trocou o comando do serviço de inteligência da Polícia Militar, órgão fundamental para atacar os elevados índices de violência locais, após a prisão nesta sexta-feira de ao menos cinco policiais que atuavam no departamento.

A exoneração foi apontada pelo governador Wilson Witzel (PSC) como essencial para aprofundar investigações de desvios cometidos por agentes que atuam no serviço de inteligência.

"A exoneração é um gesto para poder dar tranquilidade para quem está investigando de que não vai haver interferência. O novo que assume já tem essa missão de fazer uma depuração correta do sistema e que dê mais rigor na escolha daqueles que vão trabalhar na inteligência", disse o governador a jornalistas em evento no Rio.

Os sete policiais investigados, sendo que cinco já foram presos, são acusados de achaques e extorsão a comerciantes e donos de estabelecimentos comerciais do Rio.

Eles , segundo as investigações, se passavam por fiscais e policiais civis para intimidar comerciantes que tinham pendências ou vendiam mercadorias ilegais

"Eles praticavam crime contra empresas, lojas e comércios, mas não diretamente na inteligência. A inteligência da polícia tem como objetivo investigar... também corrupção policial. Isso foi muito ruim", disse Witzel.

"Não temos bandido de estimação, seja de distintivo, farda ou paletó e gravata e vamos investigar quem quer que seja", acrescentou.

Na véspera, um PM já tinha sido preso por ligação com uma milícia que atua na baixada Fluminense. Ele trabalha na segurança palaciana do Estado, que patrulha o palácio Guanabara, sede do governo estadual, e o palácio Laranjeiras, residência oficial do governador.

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