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Amazonas vai apurar responsabilidades de conflito em Humaitá

Barcos e prédios públicos foram incendiados nos últimos dias, após uma operação contra um garimpo ilegal

Ibama: de acordo com instituto, as estruturas dos órgãos ambientais foram atacadas e os servidores, ameaçados (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Ibama: de acordo com instituto, as estruturas dos órgãos ambientais foram atacadas e os servidores, ameaçados (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de outubro de 2017 às 14h36.

O governador do Amazonas, Amazonino Mendes, determinou o deslocamento de equipes da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), da Casa Militar e da Defesa Civil para o município de Humaitá, no sul do estado, onde ocorreu um conflito entre garimpeiros e agentes de órgãos federais na sexta-feira (27). A comitiva vai trabalhar na assistência às famílias desabrigadas com o incêndio de balsas e no levantamento de informações.

O vice-governador e secretário de Segurança, Bosco Saraiva, disse que será feito um relatório minucioso sobre os responsáveis pelo evento para que o governo tome as providências adequadas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), informações preliminares apontam que, após uma ação de fiscalização, funcionários de órgãos federais atearam fogo em balsas que também serviam de local de moradia para os trabalhadores do garimpo. Ainda não há informações sobre o número de desabrigados.

Ibama

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que as unidades do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Humaitá foram atacadas e destruídas por criminosos, em represália à operação de fiscalização realizada para combater o garimpo ilegal de ouro no Rio Madeira. De acordo com o instituto, as estruturas dos órgãos ambientais foram atacadas; e os servidores, ameaçados.

"Essa atividade ilegal é altamente impactante e causa graves danos ao meio ambiente e à saúde humana, além do risco à navegação. Normalmente associado a diversos outros crimes, como contrabando e sonegação fiscal, o garimpo ilegal financia a grilagem de terras e contribuiu para o aumento da violência no campo. Este cenário exige atuação firme das instituições públicas", destacou o Ibama, em nota.

Após o incidente, o Ministério do Meio Ambiente acionou os Ministérios da Defesa e da Justiça, as Polícias Federal e Rodoviária Federal e a Força Nacional para resguardarem a integridade física dos servidores que atuam na região. O Ibama diz que os danos materiais serão avaliados assim que a região voltar à normalidade, o que deverá ser garantido pelas forças de segurança pública.

De acordo com o Comando-Geral da Polícia Militar do Amazonas, não houve registro de pessoas feridas com as ocorrências, apenas danos materiais.

 

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