O governo garante que a privatização dos aeroportos estão dentro do programado (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2011 às 17h12.
São Paulo - O secretário para a Aviação Civil, Wagner Bittencourt, disse nesta quinta-feira que o processo de privatização de aeroportos do país respeita o calendário e tem por objetivo melhorar o serviço para os passageiros, ao mesmo tempo em que rejeitou que o processo vá ter impacto nos empregos.
Bittencourt disse que o processo de privatização do aeroporto internacional de São Paulo, o de maior tráfego aéreo do país, assim como dos de Brasília e Campinas 'está dentro do cronograma'.
Segundo o político, as obras necessárias estarão prontas para a Copa de 2014, já que a previsão é que terminem em dezembro de 2013. Explicou também que a Infraero terá uma participação de 49% na concessão para a gestão dos aeroportos.
'Este plano foi elaborado para que a Infraero receba dividendos e possa alimentar o desenvolvimento dos outros aeroportos do país que não são rentáveis e requerem investimentos', disse.
'A gestão e administração dos terminais aéreos será privada, mas nenhum trabalhador perderá seu emprego', garantiu Bittencourt, explicando que se estabelecerá um mecanismo para que os funcionários possam continuar na Infraero ou integrar o elenco da concessionária mediante uma fórmula 'que permita o equilíbrio entre os interesses da empresa privada e do trabalhador'.
Junto com as palavras do secretário veio nesta quinta-feira uma greve de 48 horas dos funcionários dos três aeroportos - que são contra a privatização - incluindo as tarefas de operação, carga, navegação aérea, controle de tarifas, manutenção e engenharia especializada.
A mobilização, que começou à meia-noite (horário de Brasília), não está afetando o tráfego aéreo de passageiros, mas mantém paralisado o serviço de carga no aeroporto de Campinas, segundo a Infraero.
Além disso, Bittencourt descartou a aplicação de novas tarifas para os usuários e assegurou que será criada uma tarifa de conexão, existente em outros países, que não será cobrada ao viajante mas à companhia aérea. Segundo ele, a privatização gera 'melhores práticas, melhores padrões e a ampliação dos terminais facilitará a entrada de novas companhias, aumentando a concorrência'.
Aos preços de saída das licitações se junta uma contribuição adicional que oscila entre 2% e 10% sobre a renda bruta gerada pelo aeroporto. Os preços base da licitação foram fixados em R$ 2,293 bilhões para São Paulo, R$ 521 milhões para Campinas e R$ 75 milhões para Brasília.
As empresas ganhadoras no leilão disporão de 30 anos para pagar o montante resultante na licitação e ao final do contrato, a concessionária poderá renovar o acordo. EFE