A presidente Dilma Rousseff: Dilma acrescentou que lançará na sequência programas na área de energia e habitação (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2015 às 19h57.
Rio de Janeiro - O governo federal terá condições de lançar nas próximas semanas um pacote de concessões na área de infraestrutura, disse nesta terça-feira a presidente Dilma Rousseff, acrescentando que lançará na sequência programas na área de energia e relacionados ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
A presidente revelou que detalhes minuciosos estão sendo analisados para o pacote de concessões na área de logística e que o governo está consultando empresas potencialmente interessadas em investir no Brasil para construir o modelo mais atrativo.
"Esse pacote de concessões implica em avaliações muito minuciosas daquilo que cabe conceder e do que não cabe conceder", disse a presidente após visita ao Comitê Organizador da Olimpíada de 2016, que será realizada no Rio de Janeiro.
"Estamos finalizando e conversando com empresas para ver quais são os interesses existentes… estamos fazendo toda uma modelagem e temos condição de nas próximas semanas lançar esse programa de concessão de logística", acrescentou.
Após o lançamento do pacote de concessões em logística, o governo pretende, de acordo com a presidente, apresentar outros programas nas áreas de energia e habitação.
Dilma afirmou que a meta do seu governo é chegar até 2018 com cerca de 27 milhões de beneficiados no Minha Casa, Minha Vida. A terceira fase do programa deve oferecer mais 3 milhões de casas a famílias de baixa renda. "O programa está com 1,6 milhão de casas em construção e já entregamos 2,1 milhões. É um dos maiores programas habitacionais do mundo", declarou ela.
Dilma negou que o programa de concessões na área de logística ainda não tenha sido apresentado em razão da espera pela aprovação no Congresso das medidas de ajuste fiscal.
Após encontro com o Comitê Organizador dos Jogos de 2016, Dilma também disse que quanto mais o ajuste fiscal em tramitação no Congresso Nacional se aproximar da economia desejada pelo governo, mais coisas o Executivo poderá fazer.
"É importantíssimo que se aprove o ajuste fiscal, porque sem ele o impacto maior é em outras áreas. Vamos poder fazer sempre mais quanto mais ajuste fiscal se aproximar daquele que nós enviamos (ao Congresso)", destacou.
Durante a visita da presidente ao Comitê Rio 2016, um grupo de pessoas com bandeiras e cartazes de apoio e contráriosa ela se concentrou na porta da sede da entidade.
Na semana passada, Dilma cancelou uma agenda na cidade com receio de protestos que estavam sendo organizados nas redes sociais.
MENOS 15 quilos
Descontraída durante a entrevista coletiva, Dilma foi questionada sobre sua recente perda de peso e chegou a dar conselhos de saúde aos jornalistas.
A presidente, que está com 67 anos, disse que já perdeu 15 quilos desde que iniciou uma dieta. Ela disse que "fechou a boca" e melhorou a alimentação, além de adotar uma rotina de exercícios semanais que incluem ginástica e caminhadas.
"Era bom que eu tivesse feito isso ali pelos 40, não fiz. Aliás, eu era mais magra, sempre fui mais magra, mas engordei", disse a presidente, cuja nova silhueta foi chamada de "versão Dilminha olímpica" pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), também presente ao encontro.
"Você tem de manter uma alimentação saudável, sobretudo tem de fazer exercício físico. Por que você tem de fazer exercício físico? Você vai evitar uma doença de coração, você vai melhorar a sua qualidade de vida, você vai gastar menos dinheiro com remédio", aconselhou a presidente, que disse estar em uma "campanha" por hábitos saudáveis.
A presidente disse que, mais magra, passou a se sentir melhor e reduziu a carga de remédios que é obrigada a tomar.
"Agora, sinto muito, meninas, mas um pouquinho tem de fechar (a boca), equilibrar a comida e fazer uma ginasticazinha, uma caminhadinha. Não tem regime fácil."
*Texto atualizado às 19h57