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Governo atribui IDH brasileiro à severidade da crise

Segundo o governo Temer, resultado atual reflete a crise econômica, mas deve melhorar quando as medidas da atual gestão começarem a surtir efeito

Michel Temer: nota do Planalto afirma que garantia de gastos com educação e saúde vão contribuir para melhora no indicador (Lucas Jackson/Reuters)

Michel Temer: nota do Planalto afirma que garantia de gastos com educação e saúde vão contribuir para melhora no indicador (Lucas Jackson/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de março de 2017 às 14h56.

Última atualização em 21 de março de 2017 às 16h20.

Brasília - O Palácio do Planalto atribuiu o desempenho brasileiro no Relatório de Desenvolvimento Humano preparado pelas Nações Unidas, divulgado nesta terça-feira, 21, em Brasília, à severidade de uma crise que, de acordo com o governo, está se dissipando.

O texto informa ainda que o governo espera melhoria no desempenho de novas edições do relatório, que seriam reflexo das transformações em curso na atual gestão.

"Os dados divulgados pela agência da ONU (Organização das Nações Unidas) ilustram a severidade da crise da qual apenas agora o País vai saindo."

A nota preparada pela Secretaria Especial de Comunicação, no entanto, traz um erro. Ela afirma que o Brasil caiu no ranking de 188 Estados avaliados, quando, na verdade o País permanece na mesma posição da registrada no estudo do ano passado, a 79ª.

"Medidas como o controle das contas públicas, garantia dos gastos em saúde e educação, garantia do acesso à água por meio da conclusão do Projeto São Francisco, retomada do crescimento e do emprego se combinam para recolocar o País nos trilhos e criar uma realidade que logo será refletida nos indicadores internacionais", informa a nota.

Ao apresentar nesta terça-feira o relatório, o coordenador residente do Sistema ONU, Niky Fabiancic, afirmou que as Nações Unidas estão acompanhando atentamente as propostas de reforma do ensino médio, da previdência, trabalhista e tributária.

A coordenadora do relatório no Brasil, Andrea Bolzon, observou que a maior preocupação é com as pessoas que estão em maior vulnerabilidade.

"A reforma é necessária, mas é preciso ter um olhar atento para não se penalizar alguns grupos, como agricultores e mulheres", disse.

O mesmo ocorre com a reforma trabalhista. "É preciso cuidado para que trabalhadores não sejam explorados, não se enfrentam situações de insegurança no trabalho."

Andrea observou que está em curso no sistema das Nações Unidas um estudo mais aprofundado sobre as reformas que estão em discussão no País.

 

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