Brasil

Governo Dilma fracassou, diz Aécio em sabatina no Rio

Candidato tucano voltou a dizer que seu papel é justamente o de mostrar "o caminho da mudança", com estabilidade e segurança


	O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, faz sinal de positivo em campanha na cidade de Santos
 (Paulo Whitaker/Reuters)

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, faz sinal de positivo em campanha na cidade de Santos (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 11h29.

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou que o País vive uma nova eleição, após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, em acidente aéreo no dia 13 de agosto.

"O Brasil vive o fim de um ciclo. O governo fracassou", disse o tucano, em sabatina promovida pelo O Globo, realizada na manhã desta quarta-feira, 10, no Museu de Arte do Rio.

Na abertura da sabatina, o presidenciável tucano falou sobre o quadro recessivo da economia, destacando também que os indicadores sociais estão piores do que no início da gestão da presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff.

E voltou a dizer que seu papel é justamente o de mostrar "o caminho da mudança", com estabilidade e segurança. E criticou a adversária do PSB, Marina Silva, alçada à cabeça de chapa após a morte de Campos. "Não mudo minhas convicções ao sabor da disputa eleitoral."

O candidato do PSDB afirmou que o PT tem a mania de achar que o Brasil foi descoberto em 2003 e que não haveria governo do PT sem a estabilidade econômica realizada pela gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.

E disse que a gestão FHC cuidou do problema maior, que era o controle inflacionário. Ao falar da gestão petista, o presidenciável tucano disse que eles acertaram ao manter a estabilidade da moeda e aprimorarem os programas sociais.

Ao falar das realizações do governo tucano, Aécio lembrou sua gestão nos dois mandados à frente do governo de Minas Gerais. "Nossa proposta tem começo, meio e fim", frisou.

E disse que em Minas ele implantou "os mais exitosos programas de recuperação e socialização". Na sua avaliação, é preciso investir na recuperação dos jovens, porque "há jovens esquecidos que não completaram o ensino fundamental e o ensino médio".

Segundo turno

O presidenciável do PSDB disse que sua candidatura espera reverter a atual tendência das pesquisas, que o colocam atrás das adversárias Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), recuperar as intenções de voto e disputar o segundo turno dessas eleições.

"Respeito a Marina, ela consegue catalisar o sentimento negativo da política, mas isso pode ser revertido nestas semanas que nos faltam", disse o senador.

Na sua avaliação, apesar do sentimento de que a socialista é quem pode derrotar a presidente Dilma Rousseff, sua candidatura é a que tem chances reais de vencer essa disputa.

E voltou a cobrar coerência e transparência da ex-senadora, destacando que nenhum candidato saiu de uma nuvem para se apresentar agora ao eleitorado.

"Eu me acho no dever de saber em qual Marina estamos votando", disse, reiterando que ouve a candidata falar muito em nova política, mas nunca a ouviu citar os 24 anos de militância pelo PT.

O tucano voltou a dizer também que "está absolutamente convencido" de que no momento da eleição haverá a oportunidade de comparar as trajetórias.

"Estou oferecendo ao Brasil minha experiência de administrador público, o Brasil não é para iniciantes", destacou.

E alertou para o fato de que o País vive um quadro preocupante e que para colocar o Brasil novamente no eixo do crescimento sustentável é preciso ter experiência e um time competente para o trabalho.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesEleiçõesEleições 2014Governo DilmaOposição políticaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSDB

Mais de Brasil

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final