Perondi: "Se você quer o ótimo e briga até o fim pelo ótimo, pode ficar sem nada" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 8 de novembro de 2017 às 13h01.
O vice-líder do governo, Darcísio Perondi, disse hoje (8) que deve ser apresentada uma emenda para fazer alterações no texto da reforma da Previdência.
A proposta da reforma foi discutida em comissão especial e aguarda votação no plenário da Câmara. A declaração foi dada após reunião, no Palácio do Planalto, em Brasília, com o presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o relator da reforma da Previdência na Câmara, Arthur Maia, o secretário de previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, e o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) que presidiu a comissão especial que analisou o tema.
As negociações em torno de alterações no texto ainda serão discutidas em novas reuniões e negociadas com líderes dos partidos da base aliada.
Outra reunião entre integrante do governo e deputados deve ocorrer na noite de hoje (8), no Palácio do Planalto. A previsão é que eles se encontrem também amanhã (9), de acordo com Perondi.
"Em 48 horas haverá uma proposta mais clara da reforma da Previdência, mais justa e mais palatável. Haverá uma emenda substitutiva", disse o vice-líder.
E completou "A proposta ficará melhor, mais acessível, mas não se fechou". Segundo Perondi, a emenda será feita pelo relator Arthur Maia.
Dentre os pontos da reforma, Perondi disse há relativo consenso sobre a idade mínima para aposentadoria aprovada no relatório que é 65 anos para homem e 62 anos para mulheres e que será mantido no texto aquilo que foi aprovado em relação a corte de privilégios do serviço público.
Sobre o tempo de contribuição, o vice-líder disse que o tema será discutido pelos deputados.
O vice-líder admite que há dificuldades para aprovação do que ele diz ser "a mãe de todas as reformas". "É óbvio que há dificuldades".
Perondi disse que é preciso ainda organizar a base aliada para uma votação. "Tem que organizar um pouco mais a base. Tem alguns líderes que precisam ser mais trabalhadores. Alguns líderes que estão descontentes".
Perguntado sobre a opinião da equipe econômica do governo sobre a possibilidade de alterações na reforma, Perondi respondeu que "o ótimo é inimigo do bom".
"Se você quer o ótimo e briga até o fim pelo ótimo, pode ficar sem nada. E sem nada, é tragédia para todos nós".