Fronteira entre Brasil e Uruguai: em maio será lançada outra grande operação militar que procura cobrir os 16 mil quilômetros de fronteira brasileira para reprimir crimes e garantir a segurança durante a Copa das Confederações. (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2013 às 12h14.
Rio de Janeiro - O governo desarticulou 65 organizações criminosas que atuavam nas fronteiras com dez países sul-americanos desde agosto de 2011, segundo um balanço apresentado nesta terça-feira pela presidente Dilma Rousseff.
Durante o programa de rádio "Café com a Presidenta", a governante assegurou que 65 grupos acusados de narcotráfico, contrabando e outros crimes fronteiriços foram desarticulados desde que o governo iniciou o Plano Estratégico de Fronteiras, em agosto de 2011.
O plano, acrescentou, prevê operações tanto das Forças Armadas quanto da Polícia Federal, entre outras forças.
Segundo o balanço, as operações na fronteira também permitiram o confisco de 360 toneladas de drogas, a imobilização de 8 mil veículos e embarcações, e a fiscalização de 148 pistas de aterrissagem.
"O Plano Estratégico de Fronteiras está sendo executado em duas grandes operações: a Operação Ágata, que é liderada pelo Ministério da Defesa, mobilizando as Forças Armadas, e a Operação chamada Sentinela, coordenada pelo Ministério da Justiça, que reúne a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e também a Força Nacional de Segurança", afirmou Dilma.
A mandatária acrescentou que em maio será lançada outra grande operação militar que procura cobrir os 16 mil quilômetros de fronteira brasileira para reprimir vários crimes e garantir a segurança durante a Copa das Confederações, que acontece em junho.
O Plano Estratégico de Fronteiras foi desenvolvido em colaboração com autoridades da Colômbia, do Peru e da Bolívia, com os quais o país assinou acordos de cooperação.
Nas operações foram utilizados veículos aéreos não tripulados (Vant) equipados com câmaras que permitem fiscalizar grandes extensões.
Desde 2011, o Brasil opera dois Vants de fabricação israelense para a vigilância de suas fronteiras e em fevereiro passado recebeu outros dois que também serão usados em operações durante a Copa das Confederações.