São Paulo: o estado previa a flexibilização da medida a partir do próximo dia 11 (Carla Carniel/Reuters)
André Martins
Publicado em 2 de dezembro de 2021 às 10h13.
Última atualização em 2 de dezembro de 2021 às 10h37.
O governador de São Paulo, João Doria, decidiu nesta quinta-feira, 2, manter a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços abertos no estado. Doria atendeu a recomendação do Comitê Científico.
Após pedido de Doria na tarde da terça-feira, 30, o órgão técnico pediu a manutenção da obrigatoriedade com a confirmação da variante ômicron do coronavírus em São Paulo. O estado previa a flexibilização da medida a partir do dia 11 de dezembro.
“Decidimos adotar essa medida por prudência com o cenário epidemiológico no estado. Todos os números demonstram que a pandemia está recuando em São Paulo, mas vamos optar pela precaução. O nosso maior compromisso é com a saúde da população”, disse João Doria.
Na recomendação feita ao governo de São Paulo, o Comitê Científico apontou que há incertezas quanto ao impacto da nova variante às vésperas do fim de ano. Os períodos de Natal e do Réveillon costumam provocar grandes aglomerações, o que facilita a transmissão de doenças respiratórias como a covid-19.
Mais cedo, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, confirmou ao canal Globo News, que a cidade de São Paulo também irá manter o uso obrigatório de máscara e cancelar a festa de Réveillon, tradicionalmente realizado na Avenida Paulista, principal cartão-postal da cidade.
São Paulo confirmou ontem, 1º, o terceiro caso da nova cepa do coronavírus em um paciente no Brasil. Trata-se de um jovem de 29 anos que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos no sábado, 27. Ele veio da Etiópia. O estado tem 76,15% da população com esquema vacinal completo contra covid-19.
A nova variante foi descoberta na semana passada na África do Sul e classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma variante de preocupação (VOC). Até esta quarta-feira, havia sido identificada no Brasil e em outros 28 países.
Ainda faltam pesquisas para determinar sua transmissibilidade, letalidade e resistência às vacinas. Mas o que se sabe até agora é que os sintomas da ômicron são diferentes dos da delta, a responsável pela maioria dos casos recentes de covid-19 no mundo.
Até agora, os pacientes infectados pela ômicron apresentaram apenas sintomas leves. No entanto, a nova variante preocupa a OMS e os países por causa das 50 mutações que a nova cepa apresenta, sendo 32 apenas na proteína S, principal alvo das vacinas desenvolvidas até o momento. Acredita-se também que ela pode ser mais transmissível que a delta, já que aumentou o número de casos de covid-19 da África do Sul.
Com informações da Agência o Globo.