Secretaria de Saúde de Minas Gerais afirmou que o cenário atual da febre amarela pode ser classificado como a maior epidemia da doença no país (James Gatany/Wikimedia Commons)
Agência Brasil
Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 11h12.
O governo de Minas Gerais comunicou, nesta segunda-feira (15), a morte de mais duas pessoas por febre amarela no estado.
Um dos casos é de um paciente que estava internado em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, já considerado no levantamento anterior ao apresentado ontem, divulgado no dia 11.
O outro caso ocorreu no município de Goianá, próximo a Juiz de Fora. A confirmação teve como base testes feitos pela Fundação Ezequiel Dias.
Com os novos registros, o estado já contabiliza 11 mortes, de um total de 46 casos confirmados, de julho do ano passado até agora.
No início deste mês, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais afirmou que o cenário atual da febre amarela pode ser classificado como a maior epidemia da doença no país, acrescentando, na última terça-feira (9), que a cobertura vacinal no estado é de 81%, "índice muito superior ao mesmo período de 2017".
A pasta decidiu reunir, a partir desta semana, dados atualizados em boletins semanais. Na sua avaliação, essa sistematização é adequada por aliar exames laboratoriais a investigação de campo (investigação epidemiológica), feita pela própria secretaria, que inclui informações como a localidade do paciente infectado, o que auxilia no rastreamento de epizootias (morte de primatas) e facilita o planejamento de ações.
Nas áreas silvestres, isto é, rurais ou de florestas, a febre amarela é transmitida pela picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes.
O vírus é transmitido por macacos dos gêneros Allouata (guariba), Cebus (macaco prego), Atelles e Callithrix.
Outros mamíferos podem ser reservatórios, como alguns marsupiais e roedores. Após alguns dias contaminado, o mosquito do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, passa a ser capaz de infectar humanos.
A melhor forma de evitar a febre amarela é por meio da vacinação, que é oferecida durante todo o ano nas unidades de saúde e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para zonas de risco, que incluem áreas próximas a rios e cachoeiras.