Guedes e Bolsonaro: o governo irá bancar até 70% do salário dos empregados que tiverem jornada reduzida (Adriano Machado/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2020 às 06h55.
Última atualização em 2 de abril de 2020 às 07h23.
Pressionado por todos os lados para editar as medidas anunciadas contra os impactos da pandemia de coronavírus na economia, o governo federal corre contra o tempo para emplacar o que tem prometido. Em meio ao anúncio de novas propostas econômicas, o ministro Paulo Guedes disse que outras duas medidas deverão ser assinadas nesta quinta-feira, 2.
Na noite de quarta, a equipe econômica informou que o governo irá bancar até 70% do salário dos empregados que tiverem jornada reduzida. A expectativa é que 24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada recebam o benefício emergencial.
Também foi anunciado o adiamento do prazo de entrega do imposto de renda para pessoas físicas e jurídicas para 30 de junho, além da isenção do IOF para operações de crédito.
No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro sancionou o auxílio de R$ 600 a trabalhadores informais e autônomos. O projeto de autoria dos parlamentares esperava pela assinatura do presidente desde terça-feira.
Em meio à demora do governo, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem projeto que suspende por até três meses o pagamento da contribuição previdenciária patronal e também proíbe a aplicação de multa pela falta de entrega de declarações e documentos fiscais. A matéria ainda será enviada ao Senado.
Enquanto isso, no Senado, o vice-presidente, Antonio Anastasia, faz um malabarismo para apressar a tramitação das propostas para minimizar os impactos da pandemia. Estima-se que mais de 100 proposições já foram apresentadas somente pelos senadores, tendo a doença como pano de fundo.
Resta esperar que elas saiam do papel o quanto antes para minimizar os efeitos da crise.