Magda Chambriard: diretora-geral da ANP disse que as 11 empresas inscritas conversaram e "concorreram" para decidir quais fariam parte do consórcio vencedor (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2013 às 16h35.
Rio de Janeiro, 21 out (EFE).- O governo qualificou nesta segunda-feira como um "sucesso absoluto" o processo de licitação do campo de Libra, a maior reserva de petróleo do Brasil, apesar de ter recebido apenas uma proposta pelo valor mínimo exigido.
O leilão foi vencido pelo consórcio formado por Petrobras (10%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%), CNOOC (10%). Além disso, a Petrobras tem outros 30% referentes à parcela mínima obrigatória da estatal, situação já prevista no edital.
A diretora geral da Agência Nacional de Petróleo do Brasil (ANP), Magda Chambriard, afirmou em entrevista coletiva que "é difícil de imaginar um sucesso maior que este" graças à capacidade técnica e financeira das empresas que compõem o consórcio ganhador.
"O consórcio vencedor tem cinco empresas. Temos a segunda, a quarta, a sétima e a oitava de maior valor de mercado do mundo. Três são nacionais (estatais) e duas internacionais europeias. Um sucesso maior que este é difícil de imaginar", opinou.
Magda Chambriard disse que as 11 empresas inscritas conversaram e "concorreram" para decidir quais fariam parte do consórcio vencedor.
No entanto, informou que tanto a japonesa Mitsui como a malaia Petronas não depositaram as garantias financeiras para ter direito a apresentar uma oferta.
Além disso, a diretora da ANP destacou que o petróleo de Libra gerará um retorno de 80% à União, o que inclui royalties, cessão de petróleo e impostos, e também leva em conta a participação da estatal Petrobras.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também disse que o resultado não é "nenhuma frustração" para o governo e assegurou que não estão previstas mudanças nas regras para atrair mais investidores em futuras licitações.
A oferta do consórcio vencedor foi exatamente o mínimo obrigado nas regras do leilão. Juntas, as companhias ofereceram à União o maior percentual de óleo produzido. A oferta mínima determinada no edital era de 41,65%. O tempo de concessão é de 35 anos.
Libra, com uma área de 1,5 mil quilômetros quadrados, guarda reservas de entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo, o que poderia quase duplicar as reservas do Brasil, segundo cálculos da ANP.