Onyx Lorenzoni: cotado para ser ministro da Casa Civil disse que governo poderá ter de 16 a 20 ministérios (Facebook/Divulgação)
Reuters
Publicado em 31 de outubro de 2018 às 16h56.
Última atualização em 31 de outubro de 2018 às 16h57.
Brasília - O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou, em palestra a portas fechadas nesta quarta-feira, 31, que o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciará toda a equipe de ministros até o fim de novembro e que a nova gestão não vai "atrapalhar" empreendedores no país, segundo relatos de dois presentes ao encontro.
No encontro promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em um hotel em Brasília, Onyx afirmou que o futuro governo ainda não definiu o número de ministérios que terá. Disse que poderá ter de 16 a 20 pastas - atualmente são 29 autoridades com status de ministros de Estado.
Sem anunciar qualquer medida concreta no evento, Onyx afirmou que o novo governo estará de "portas abertas" para ajudar o setor da construção a voltar a crescer e que não vai dificultar o empreendedor - ao contrário, ele enfatizou que trabalhará para garantir a liberdade para que as pessoas não dependam do Estado.
"O Estado tem que dar um passo para atrás para que a população possa dar um passo para a frente", disse Onyx, segundo relato de uma das fontes. Ele destacou que o novo governo vai refundar a relação entre o público e o privado no país.
No encontro, o presidente da CBIC, José Carlos Martins, chamou a atenção para o fato de que há 3 mil obras paradas no país e que, se reativadas, podem ajudar na melhoria do nível de emprego (atualmente existem 12,5 milhões de pessoas desempregadas no país).
Onyx não se pronunciou no encontro a portas fechadas sobre a eventual criação do superministério da Infraestrutura, que poderia abranger áreas como o transporte e a construção civil, e também sobre o superministério da Economia - que abrangeria as atuais pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior e cuja fusão já foi anunciada por Bolsonaro. Parte do setor de construção defende que o ministério da Indústria, chamado de MDIC, deveria ficar separado.