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Governo Bolsonaro exonera presidente do Inmetro e nomeia militar

Angela Furtado, que deixa o instituto, era indicação de Carlos da Costa. Marcos Oliveira Júnior atuou em missão de paz no Haiti

Bolsonaro: com troca no comando do Inmetro, cresce o número de militares em postos de comando no governo (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Bolsonaro: com troca no comando do Inmetro, cresce o número de militares em postos de comando no governo (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

AO

Agência O Globo

Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 12h19.

Rio - O governo Bolsonaro acaba de nomear mais um militar para cargo executivo. A presidente do Inmetro Angela Flores Furtado foi exonerada e será substituída por Marcos Heleno Guerson de Oliveira Júnior, com atuação em vários projetos de engenharia ligados às Forças Armadas, incluindo obras no Haiti, quando o Brasil participava das forças de paz da ONU no país.

A troca de comando no Inmetro, segundo técnicos do instituto, não era esperada. Angela tinha sido indicada pelo secretário de Produtividade, Carlos da Costa, subordinado ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

A nomeação de Oliveira Júnior foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira.

Cresce o número de militares em postos de comando no governo. Semana passada, o general Walter Souza Braga Netto foi convidado para assumir a pasta da Casa Civil. Com a mudança, todos os ministros que despacham no Palácio do Planalto terão origem militar.

Além de exercerem cargos no primeiro escalão do governo, integrantes das Forças Armadas também desempenham papel de destaque em outros órgãos. Estão na presidência dos Correios e na diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, por exemplo.

Segundo informações do site do Sindicato dos Servidores do Inmetro, Oliveira Júnior tem graduação em ciências militares pela Academia Militar das Agulhas Negras e em engenharia de fortificação e construção pelo Instituto Militar de Engenharia (IME).

Também é mestre em engenharia de transportes e tem pós-graduação em governança corporativa pela FGV.

Foi engenheiro da Companhia de Engenharia de Força de Paz no Haiti, envolvendo-se em obras de drenagem e pavimentação no país. Chegou a ocupar a diretoria de Política Regulatória na Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, do Ministério da Educação no ano passado.

Mais recentemente, estava na diretoria do Departamento de Determinantes Ambientais na Secretaria Especial de Saúde Indígena, à frente de obras de saneamento.

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