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Governo ataca nanicos para tentar aprovar reformas

Na negociação, partidos pequenos pedem cargos no terceiro escalão e oferecem fidelidade nas votações

Câmara: presidente está distribuindo cargos no terceiro escalão para tentar aprovar reformas impopulares (Ueslei Marcelino/Reuters)

Câmara: presidente está distribuindo cargos no terceiro escalão para tentar aprovar reformas impopulares (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de abril de 2017 às 09h29.

Brasília - Em busca de apoio para conseguir aprovar as reformas na Câmara, principalmente a da Previdência, o governo deu início a uma ofensiva até sobre os partidos nanicos na Casa.

Na negociação, essas legendas pleiteiam cargos no terceiro escalão do Executivo e oferecem, em troca, a garantia de que a maioria de suas bancadas votará a favor das reformas.

Com cinco deputados, o PROS negocia com o Planalto uma diretoria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

No início do governo Michel Temer, a sigla chegou a ter a presidência do órgão, com Gastão Vieira. Em dezembro de 2016, porém, ele foi substituído por Silvio Pinheiro, indicado pelo DEM.

Na última quinta-feira, 20, o governo também trocou o presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para atender o PTN, sigla que tem 13 deputados e que ameaçava deixar a base aliada ou votar contra as reformas, caso não conseguisse o cargo.

Para atender o partido, Temer teve de abrir mão de uma indicação pessoal, do então presidente, Antônio Henrique Pires, para nomear Rodrigo Dias, indicado pelo PTN.

Com sete deputados, a negociação com o PHS é "caso a caso". Segundo fontes do governo, o partido pleiteia diretorias em órgãos do terceiro escalão e deve ser atendido.

Entre os nanicos, a sigla é a que mais preocupa: na primeira votação da urgência da reforma trabalhista, cinco deputados foram contra.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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