Brasil

Governo aprova mais 57 agrotóxicos; número chega a quase 400

Tereza Cristina tem ressaltado a importância de se aprovarem novos defensivos, por serem produtos menos tóxicos, mais modernos e seguros ambientalmente

Agrotóxicos : Ministério da Agricultura aprovou nesta quinta-feira, 3, o registro de novos agrotóxicos (Crédito: simonkr/Getty Images)

Agrotóxicos : Ministério da Agricultura aprovou nesta quinta-feira, 3, o registro de novos agrotóxicos (Crédito: simonkr/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de outubro de 2019 às 13h06.

O Ministério da Agricultura aprovou nesta quinta-feira, 3, o registro de mais seis novos agrotóxicos; 41 defensivos genéricos - cujo princípio ativo já existia no mercado e teve a patente expirada - e dez defensivos biológicos e orgânicos, somando, agora, 382 o número de registros concedidos desde o início do ano, informou a pasta, em nota. O aprovação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta, por meio do Ato nº 70, de 2/10/2019.

De acordo com a nota do ministério, do total de registros aprovados este ano, 214 são produtos técnicos - ou seja, destinados exclusivamente a uso industrial - e os 168 restantes são produtos formulados, que já estão prontos para serem adquiridos pelos produtores rurais, mediante a recomendação de um engenheiro agrônomo. "Além disso, desses 168, 24 são produtos biológicos ou orgânicos", informa a pasta.

A nota do ministério explica, ainda, que os seis agrotóxicos agora registrados são formulados com base em ingredientes ativos novos. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem ressaltado a importância de se aprovarem moléculas novas de defensivos agrícolas, por serem produtos menos tóxicos, mais modernos e seguros ambientalmente.

Entre as moléculas novas aprovadas nesta leva estão produtos à base de Dinotefuram, para controle a insetos sugadores como percevejos e mosca-branca. O Ministério da Agricultura adverte, porém, que este ingrediente ativo terá restrição quanto à dose máxima permitida e ao uso em época de floração das culturas, para proteger insetos polinizadores.

Quanto aos produtos biológicos e orgânicos aprovados nesta quinta, entre eles estão dois inéditos, informa o ministério: o feito à base de Heterorhabditis bacteriophora e de Hirsutella thompsonii. O primeiro é usado para controle da larva-alfinete, praga da batata. O segundo controlará o ácaro-rajado, praga que ataca soja, feijão, milho e algodão, além de frutas como morango maçã, pera, uva, maracujá, melancia, abacaxi e cacau.

O Ministério da Agricultura defende, na nota, a aprovação dos produtos e reforça que "nos últimos anos, diversas medidas desburocratizantes foram adotadas para que a fila de registros de defensivos ande mais rápido no Brasil". E continua: "O objetivo é aprovar novas moléculas, menos tóxicas e mais ambientalmente corretas, e assim substituir os produtos antigos, além da liberação de produtos genéricos. Pela lei, nenhum produto atual pode ser registrado com toxicidade maior do que os existentes no mercado".

Acompanhe tudo sobre:AgrotóxicosGoverno BolsonaroMeio ambienteMinistério da Agricultura e Pecuária

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022