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Governo antecipa discussão sobre Previdência para avaliar apoios

Debate, previsto para começar na segunda-feira, teve calendário antecipado após acerto do Governo com o presidente da Câmara

Temer e Maia: a votação da proposta deverá ocorrer a partir da terça-feira da próxima semana (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer e Maia: a votação da proposta deverá ocorrer a partir da terça-feira da próxima semana (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 13h44.

Brasília - O governo decidiu antecipar para esta quinta-feira o início da discussão sobre a proposta de reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados com o objetivo de ter um quadro real de apoios que poderá contar para tentar votar o texto na próxima semana, disse à Reuters uma fonte palaciana.

Inicialmente, a intenção do Palácio do Planalto era começar o debate da matéria apenas na próxima segunda-feira, mas houve um acerto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para antecipar esse calendário.

Pelo novo cronograma, a proposta será discutida a partir desta quinta, após uma nova rodada de conversas do governo com sua base até lá. A votação da proposta deverá ocorrer a partir da terça-feira da próxima semana, o que deverá coincidir com o dia a apreciação em plenário do Orçamento de 2018.

Aliado de Temer, o presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), agendou a sessão conjunta das duas Casas para a terça da próxima semana, o que deve garantir quórum elevado no Legislativo.

O presidente Michel Temer deverá se envolver pessoalmente na busca de apoios da base em favor do texto. O Planalto está otimista com a conquista de votos nos últimos dias.

Após PMDB e PTB fecharem questão em favor da proposta, o PPS seguiu a mesma linha no fim de semana.

Num aceno a Temer, o novo presidente do PSDB, o governador Geraldo Alckmin, disse ser pessoalmente a favor do fechamento de questão e vai ouvir os deputados da bancada esta semana para tomar uma decisão. O PP, por sua vez, indicou que deve fechar questão se o texto for à votação.

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que assumirá na quinta-feira a Secretaria de Governo, manteve o cálculo do governo de que faltam ainda de 40 a 50 votos para alcançar uma margem de segurança para aprovar o texto --que precisa do apoio de ao menos 308 dos 513 deputados.

Em Buenos Aires no domingo, o presidente disse que a reforma vai "muito bem" e destacou acreditar que é "possível" aprová-la neste ano na Câmara, embora tenha admitido que a matéria poderá ficar para 2018.

"Eu suponho que talvez seja possível (votar neste ano), mas se não for, nós vamos encerrar a discussão ainda neste ano e esta matéria da Previdência não vai parar. Se não for neste ano, será no início do ano que vem", disse o presidente.

Marun foi na mesma linha e afirmou que "vamos tentar votar agora, vamos conseguir", mas ressaltou que caso isso não ocorra "vamos chegar aqui em fevereiro e esse vai ser o assunto". O deputado insistiu, porém, que o governo está em busca dos votos que faltam para que a matéria seja aprovada agora.

Em São Paulo, também nesta manhã, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu que não será "fácil" votar a proposta na próxima semana, mas que segue empenhado para isso. Para ele, na quinta-feira o governo terá um cenário mais claro sobre o tamanho do apoio à reforma.

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