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Governo adia análise de parecer do TCU sobre contas

Com ajuda de Renan Calheiros, o governo conseguiu adiar para a próxima semana a tramitação no Legislativo sobre o parecer do TCU


	Presidente Dilma: governo"ganhou" quase duas semanas de fôlego para a análise do parecer pelo Congresso
 (Henry Romero/Reuters)

Presidente Dilma: governo"ganhou" quase duas semanas de fôlego para a análise do parecer pelo Congresso (Henry Romero/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2015 às 20h29.

Brasília - Com a ajuda do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o governo conseguiu adiar para a próxima semana a tramitação no Legislativo do parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) que recomendou a reprovação das contas do governo da presidente Dilma Rousseff do ano passado.

Mesmo com o acórdão da Corte tendo chegado nesta quarta-feira, 14, ao Senado, Renan ou qualquer outro presidente em exercício do Senado não fez a leitura do documento em plenário na sessão aberta nesta quinta-feira, 15.

Sem essa formalidade, o governo "ganhou" quase duas semanas de fôlego para a análise do parecer pelo Congresso: a decisão do TCU que, por unanimidade, recomendou a reprovação das contas de Dilma, ocorreu no dia 7 e a leitura pelo Senado só deve ocorrer na próxima terça-feira, dia 20.

Somente após a leitura é que o parecer será encaminhado para a Comissão Mista de Orçamento (CMO), colegiado responsável por avaliar, inicialmente, o caso.

A presidente da comissão, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), já avisou que só vai escolher o relator do parecer assim que receber formalmente o documento.

Rose estuda indicar para a relatoria os senadores Acir Gurgacz (PDT-RO), João Alberto (PMDB-MA), Raimundo de Lira (PMDB-PB) ou até mesmo a si própria, avocando o caso para ela.

Na sexta-feira da semana passada, o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, já havia mostrado que, numa articulação acompanhada de perto por Dilma, a cúpula do PMDB do Senado começou a articular nos bastidores uma operação para jogar o julgamento das contas do governo da petista pelo Congresso para 2016. Querem, com isso, esfriar a discussão do impeachment de Dilma.

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