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Governo acompanhará montagem da equipe de Trump, diz Serra

Na avaliação do ministro, em seu primeiro discurso após a vitória, Trump mostrou uma face de interlocução

Serra: ele lembrou ainda que, nos Estados Unidos, as indicações para cargos em escalões mais altos precisam ser aprovadas pelo Senado (Ueslei Marcelino / Reuters/Reuters)

Serra: ele lembrou ainda que, nos Estados Unidos, as indicações para cargos em escalões mais altos precisam ser aprovadas pelo Senado (Ueslei Marcelino / Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 17h37.

Última atualização em 11 de janeiro de 2017 às 19h29.

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, disse nesta quarta-feira, 9, que a montagem da equipe do governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, será acompanhada de perto pelo Brasil, bem como as primeiras declarações a respeito da política externa, econômica e comercial.

Na avaliação do ministro, em seu primeiro discurso após a vitória, Trump mostrou uma face de interlocução. "A ideia é governar para todos", disse Serra.

Ele lembrou ainda que, nos Estados Unidos, as indicações para cargos em escalões mais altos precisam ser aprovadas pelo Senado.

Sobre as implicações da eleição de Trump para o País, o ministro disse que o Brasil não estava no centro das discussões da eleição norte-americana, nem era alvo de controvérsia.

Isso, na avaliação dele, é positivo para o País no cenário pós-eleição. Serra disse que caberá ao embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Sérgio Amaral, abrir canais de interlocução entre o governo brasileiro e a equipe de transição de Trump.

O ministro avalia que a eleição de Donald Trump ainda deve ser alvo de muitas análises, uma vez que demonstra a inclinação da sociedade norte-americana.

"Temos de refletir sobre o resultado dessa eleição, sobre os efeitos da globalização, a crise da sociedade contemporânea", afirmou.

Serra citou como outro exemplo desse cenário o resultado do plebiscito a respeito da saída do Reino Unido da União Europeia, que ele classificou como surpreendente.

"De qualquer forma, decisões da democracia, do eleitorado, se respeitam e se cumprem."

O ministro disse esperar que tanto o Brasil quanto os Estados Unidos sigam determinados a reforçar as relações bilaterais. "Agora, com o resultado da eleição, vamos olhar os interesses do nosso País",

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