Distribuição de vacinas no interior de São Paulo: outros estados relataram desencontros na programação de entregas (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)
Carla Aranha
Publicado em 18 de janeiro de 2021 às 18h36.
Enquanto alguns governadores comemoram a chegada da vacina Coronavac, outros se lamentaram de ainda não terem recebido as doses combinadas, em uma confusão logística com a qual não contavam. O secretário de saúde da Bahia, Fábio Villas-Boas, relata que o governo federal mudou quatros vezes o horário de chegada do imunizante. "Primeiro, nos disseram que os aviões da FAB pousariam em Salvador às 9h, depois às 14h, às 18h e agora às 22h", afirma.
A falta de informações mais fidedignas em relação aos voos acabou gerando outros problemas. O governo da Bahia diz ter deixado sete aeronaves e quatro helicópteros comerciais de sobreaviso no aeroporto de Salvador esperando os imunizantes, para que os insumos pudessem ser prontamente levados às cidades. "Existe um custo de deixar os aviões parados em solo, que não é pouco", diz Villas-Boas.
A Bahia não é um caso isolado. O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), contou que ficou esperando o carregamento no aeroporto durante boa parte do dia, enquanto a programação do Ministério da Saúde ia mudando.
No Rio de Janeiro, as alterações nos horário de chegada da vacina quase colocaram a perder um evento programado inicialmente para as 17h no Cristo Redentor. Muitos convidados tiveram que esperar sentados, aguardando o início da cerimônia, sem saber se saíram de lá com uma boa ou má notícia. No início da noite, finalmente foi confirmado o desembarque do imunizante na capital fluminense.