Flávio Dino: desde o início do processo, o governador se posicionou contrário ao impeachment da presidente (Elza Fiúza/ABr)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2016 às 14h45.
Apontado como possível mentor político do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA), classificou como “natural” que o deputado, na condição de representante maranhense na Câmara, peça sua opinião sobre temas relevantes.
As mensagens publicadas por Dino minutos após a decisão do deputado de anular as sessões em que os deputados federais decidiram, por ampla maioria, acolher e dar prosseguimento a um dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff, sugerem que Maranhão acolheu os argumentos de Dino, com quem se reuniu nos últimos dias.
Desde o início do processo, o governador se posicionou contrário ao impeachment da presidente, tendo inclusive mobilizado os governadores nordestinos para defender o mandato de Dilma.
“É natural que o deputado Waldir Maranhão, sendo do meu estado, peça minha opinião sobre temas relevantes. Como eu peço a dele também”, escreveu Dino em sua conta pessoal no Twitter, logo após a decisão do presidente interino vir a público.
Dino disse ter “orgulho de defender a Constituição, o Estado de Direito e a democracia. E, por isso, apoio a decisão do presidente Waldir Maranhão”.
Apontado como possível mentor político do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA), classificou como “natural” que o deputado, na condição de representante maranhense na Câmara, peça sua opinião sobre temas relevantes.
As mensagens publicadas por Dino minutos após a decisão do deputado de anular as sessões em que os deputados federais decidiram, por ampla maioria, acolher e dar prosseguimento a um dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff, sugerem que Maranhão acolheu os argumentos de Dino, com quem se reuniu nos últimos dias.
Desde o início do processo, o governador se posicionou contrário ao impeachment da presidente, tendo inclusive mobilizado os governadores nordestinos para defender o mandato de Dilma.
“É natural que o deputado Waldir Maranhão, sendo do meu estado, peça minha opinião sobre temas relevantes. Como eu peço a dele também”, escreveu Dino em sua conta pessoal no Twitter, logo após a decisão do presidente interino vir a público.
Dino disse ter “orgulho de defender a Constituição, o Estado de Direito e a democracia. E, por isso, apoio a decisão do presidente Waldir Maranhão”.
A anulação da decisão dos deputados deve ser publicada no Diário Oficial da Câmara dos Deputado desta terça-feira (10). Para o governador maranhense, “juridicamente, ela [a decisão] é centenas de vezes mais consistente do que o pedido do tal "impeachment".
O anúncio gerou repercussão imediata, principalmente entre parlamentares da oposição. Em vídeo, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM/RS) disse estar indignado.
“Não é possível o que esse presidente da Câmara em exercício, esse deputado que não reconhecemos como capaz de tomar esse tipo de atitude, está fazendo nesse momento”, declarou Lorenzoni, afirmando que Waldir Maranhão não assumiu interinamente a presidência da Casa para servir de instância recursal.
Para Lorenzoni, o STF, após ser provocado, anulará a decisão de Maranhão.
Já o senador Ronaldo Caiado, no Twitter, escreveu que o ato do presidente interino da Câmara visa apenas a tumultuar o processo de impeachment de Dilma, retardando-o.
“A decisão de Waldir Maranhão não tem valor algum. É apenas um momento de desespero do governo e 5 minutos de fama para o interino”, escreveu Caiado, apostando que, na quarta-feira (11), o Senado votará o pedido de impeachment, conforme anteriormente previsto.
“A matéria já não diz respeito à Câmara e Waldir Maranhão precisa respeitar a soberania do Senado Federal, onde ele não tem qualquer poder. A decisão do plenário [da Câmara] é soberana e Waldir Maranhão sabe disso. Entrou apenas num jogo para atender seus patrões”, acrescentou o senador.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) classificou como “estapafúrdia” a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão.
“Essa decisão do presidente interino da Câmara é o verdadeiro golpe. E não terá acolhida no STF. O processo de impeachment respeitou a Constituição. Trezentos e sessenta e sete deputados apoiaram o impeachment e o governo teve amplo direito à defesa”, declarou o senador, para quem todo o rito estabelecido pelo STF foi cumprido.