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“Gostaria de ter um presidente que liderasse o país”, diz Doria

João Doria Jr. criticou a fala de Bolsonaro, que chamou a Covid-19 de “gripezinha”

Doria: governador decretou quarentena no Estado de SP por 15 dias (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Doria: governador decretou quarentena no Estado de SP por 15 dias (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 21 de março de 2020 às 13h36.

Última atualização em 21 de março de 2020 às 13h54.

O governo do Estado de São Paulo João Doria Jr. criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia do novo coronavírus, durante coletiva de imprensa transmitida via internet neste sábado (21). Ao responder a uma pergunta sobre a declaração de Bolsonaro, que disse que a Covid-19 seria uma “gripezinha”, desmecerendo a gravidade da doença que já atinge mais de 160 países e contagiou mais de 200 mil pessoas, Doria disse que gostaria que o país tivesse um presidente que liderasse o Brasil durante essa crise de saúde pública.

“Fico triste como brasileiro, cidadão e alguém que ama o país. Vim do setor privado, mas respeito todos os políticos. É muito triste que não tenhamos um presidente que possa liderar os ministros e secretários nessa crise. Na ausência dessa liderança, nós governadores e prefeitos cumprimos nossa obrigação e fazemos o que o presidente Bolsonaro não consegue fazer”, afirmou Doria, que ressaltou que a declaração não tem viés político.

O governador decretou quarentena de 15 dias em São Paulo, solicitando o fechamento de todos os comércios não essenciais para a população. Ficarão abertos mercados, farmácias, padarias, bancas de jornal, entre outros estabelecimentos essenciais. Restaurantes e bares passam a funcionar somente por meio de delivery a partir da próxima terça-feira.

Doria disse ainda que o Estado não terá um colapso na saúde pública em razão de falta de vagas em hospitais para tratar pessoas contagiadas pelo novo coronavírus e afirmou que toma medidas para aumentar o número de leitos.

O Rio de Janeiro também tomou medidas para conter a pandemia do novo coronavírus, fechando estradas e comércios. O Estado foi criticado por Bolsonaro por parecer que parecia "ele não faz parte do resto do Brasil".

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