Segundo a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, no encontro Gleisi também tentou esclarecer a posição do governo sobre o plebiscito para a reforma política (Agencia Senado)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2013 às 17h11.
Brasília - A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, convocou um almoço no Palácio do Planalto nesta quarta-feira com vários ministros para debater as ações que o governo tomará para colocar em prática os pactos propostos pela presidente Dilma Rousseff aos governadores e prefeitos de capitais.
Segundo disse à Reuters a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, no encontro Gleisi também tentou esclarecer a posição do governo sobre o plebiscito que deve ser convocado para realizar uma reforma política.
A reunião foi convocada na noite de terça-feira e os ministros não foram informados previamente do que seria tratado, segundo uma fonte do governo.
Durante o final de semana, a presidente ouviu apenas alguns ministros sobre o que proporia aos governadores, mas a maior parte do governo só soube das intenções de Dilma na segunda, quando sua fala foi transmitida ao vivo pela televisão durante a abertura da reunião com os governadores e prefeitos.
Sobre o plebiscito, Ideli disse que o objetivo do governo é fazer perguntas específicas à população. Um exemplo é o questionamento sobre como deve ser o financiamento das campanhas eleitorais: público ou privado? Caberia ao Congresso regulamentar a vontade da maioria da população. Nesse caso, por exemplo, o limite de financiamento, caso seja escolhido o modelo público, seria definido por deputados e senadores.
"O Congresso é que vai aprovar as normas legais decididas no plebiscito. Pode ser projeto de lei, pode ser emenda constitucional", afirmou.
A presidente pretende que o plebiscito seja realizado a tempo de que as regras sejam aplicadas nas próximas eleições.
A decisão de consultar a população sobre a necessidade de uma reforma política só foi esclarecida na terça-feira.
No dia anterior a presidente afirmara que as mudanças no sistema político poderiam ocorrer por "um processo constituinte específico", proposta que foi duramente combatida pelo vice-presidente Michel Temer, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por congressistas.