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Gleisi diz que prisão de Bernardo foi injusta

Parlamentar acusou a PF de utilizar a operação para desviar a atenção de andamento do impechment de Dilma Rousseff


	Gleise Hoffman: parlamentar acusou a PF de utilizar a operação para desviar a atenção de andamento do impechment de Dilma Rousseff
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Gleise Hoffman: parlamentar acusou a PF de utilizar a operação para desviar a atenção de andamento do impechment de Dilma Rousseff (Geraldo Magela/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2016 às 20h20.

Brasília - A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) lamentou, em nota, a prisão preventiva do marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo. Gleisi criticou supostos excessos da Polícia Federal (PF) em relação a Bernardo, questionando também a necessidade do mandado de busca e apreensão feito no apartamento funcional do Senado, em Brasília, onde estava com os filhos.

A parlamentar acusou a PF de utilizar a operação para desviar a atenção da opinião pública para "garantir" o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Gleisi saiu em defesa do marido e disse que ele foi injustiçado. "Hoje foi um dia muito triste na minha vida como mulher, como política e, sobretudo, como mãe. Conheço o pai dos meus filhos. Sei das suas qualidades e do que não faria, por isso sei da injustiça que sofreu", afirmou. A senadora negou que Bernardo tenha recebido propina, e disse que o patrimônio da família foi comprado com os salários do casal.

"Quem nos conhece sabe que não fizemos fortuna, não temos conta no exterior, levamos uma vida confortável, porém modesta."

Segundo a congressista, mais de dez pessoas "estranhas" entraram em sua casa com ordem de busca e apreensão e o pedido de prisão de Bernardo pela manhã.

"Busca e apreensão após quase um ano de início do processo? Prisão preventiva para prevenir o que? Uma fuga? Um conluio? Qual risco representa ele?", questionou.

Ela alegou que desde o início do processo, no ano passado, o ex-ministro "se colocou inúmeras vezes à disposição da Justiça, sempre esteve totalmente disponível e tem endereço conhecido".

"Vieram coercitivamente buscá-lo em casa, na presença de nossos filhos menores. Um desrespeito humano sem tamanho, desnecessário. Não havia nada em nossa casa que podia ser levado. Mesmo assim levaram o computador do meu filho adolescente. Fiquei olhando meu menino e pensei sobre a dor que sentia com aquela situação", criticou.

Gleisi terminou a nota insinuando que a operação busca "desviar o foco da opinião pública dos desvios do governo" de Michel Temer, pois "garantir impeachment é tudo o que mais lhes interessa".

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