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Gleisi culpa Lava Jato e Moro por ataque contra acampamento pró-Lula

Senadora diz em vídeo que ataque "é resultado desse processo construído de perseguição contra o presidente Lula"

Senadora Gleisi Hoffmann: condenou ataques ao acampamento de apoiadores do ex-presidente Lula (Adriano Machado/Reuters)

Senadora Gleisi Hoffmann: condenou ataques ao acampamento de apoiadores do ex-presidente Lula (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de abril de 2018 às 13h45.

Brasília - Em vídeo postado nas redes sociais na manhã deste sábado (28), a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), condenou os tiros que atingiram dois petistas no acampamento em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e culpou a Operação Lava Jato pelo recrudescimento dos "ataques fascistas" contra os apoiadores de Lula.

No vídeo, Gleisi diz que o ataque "é resultado desse processo construído de perseguição contra o presidente Lula, contra o PT, contra os movimentos de esquerda". "A Lava Jato e o juiz Sérgio Moro, que coordena essa tarefa, têm responsabilidade objetiva nisso, assim como a grande mídia, que dia após dia, incita o ódio contra Lula, contra o PT, e acontecem essas coisas que estamos vendo aqui", declarou. Para Gleisi, os políticos que estimulam a violência também são responsáveis pelos ataques dos últimos meses.

A senadora contou que está a caminho do Chile, onde participará da reunião com a frente de esquerda de vários países e com a ex-presidente chilena Michele Bachelet. Ela afirmou que aproveitará o encontro para fazer uma "denúncia internacional" das ações contra os petistas. "Está ficando cada vez mais feio para o Brasil essa situação", afirmou.

Mais cedo, a Comissão Executiva Nacional do PT divulgou nota repudiando o ataque a tiros contra o acampamento pró-Lula em Curitiba e chamou o episódio de "atentado político". Os petistas reclamaram que não é a primeira vez que os apoiadores do ex-presidente, agora preso na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, sofre um ataque "fascista".

"O ataque é mais um episódio de violência política contra a democracia e acontece um mês depois de tiros terem atingido ônibus da caravana Lula Pelo Brasil no interior do Paraná. Até agora não foram presos os autores dos disparos feitos no mês passado e tampouco os desta madrugada", criticou a cúpula do PT.

Segundo a nota, foram disparados mais de 20 tiros que deixaram um integrante do acampamento Marisa Letícia em estado grave no hospital em virtude de um tiro no pescoço e outra vítima atingida por estilhaços. Os petistas afirmaram que após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, "aumentaram os ataques e assassinatos contra lideranças sociais no campo e na cidade", entre elas a morte da vereadora do PSOL Marielle Franco, e atacaram a suposta "omissão conivente" das autoridades e da imprensa que "silencia ante a barbárie crescente".

"O mundo inteiro conhecerá mais um crime político que se cometeu no Brasil depois do golpe. O Partido dos Trabalhadores exige punição imediata dos criminosos. Chega de conivência! Basta!", finalizava a mensagem da Executiva do PT.

O acampamento chega a sua terceira semana instalado nas imediações da PF em Curitiba. A organização da "Vigília Lula Livre" disse que houve hoje (28) uma tentativa de homicídio "motivada pelo ódio e provocação de quem não aceita que a vigília é pacífica". Os petistas afirmam que no feriado de 1º de Maio farão um evento "com presença massiva" e que não se intimidarão com os ataques. Os petistas também cobraram da Secretaria Estadual de Segurança a identificação dos autores do atentado.

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