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Gilmar Mendes diz que houve crime na greve dos caminhoneiros

Ministro do STF considerou justas as reivindicações da categoria, mas disse que não podem lavar o país ao caos

Gilmar Mendes: "Porque aí se cometeu crime. Já o crime nas rodovias federais, o crime de desabastecimento" (Evaristo Sa/Getty Images/Getty Images)

Gilmar Mendes: "Porque aí se cometeu crime. Já o crime nas rodovias federais, o crime de desabastecimento" (Evaristo Sa/Getty Images/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de maio de 2018 às 20h37.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse que houve crime na paralisação de caminhoneiros nas rodovias do país, que completou nove dias nesta terça-feira (29).

Em conversa com jornalistas antes da sessão da Segunda Turma da Corte, Gilmar considerou justas as reivindicações da categoria, mas disse que não podem lavar o país ao caos.

Ele criticou os juízes de primeira instância, que rejeitaram pedidos de liminar para desbloqueio das rodovias no início da paralisação, além da Procuradoria-Geral da República. Para o ministro, as instituições do país falharam ante a mobilização dos caminhoneiros.

"Agora, uma estranha ausência nesse cenário. Não vi uma manifestação da Procuradoria-Geral do Trabalho. Nenhuma manifestação da Procuradoria-Geral da República, que é muito ativa em outros temas. Porque aí se cometeu crime. Já o crime nas rodovias federais, o crime de desabastecimento. Então, muitas instituições falharam", afirmou.

Mais cedo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que a paralisação de caminhoneiros não tem somente como consequência uma crise de abastecimento, mas "já atinge direitos fundamentais no país.

A procuradora comunicou aos conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público (CMNP) a criação de um comitê de acompanhamento das consequências da paralisação, instituído por ela em portaria publicada na última sexta-feira (25). Segundo Raquel Dodge, o MP "está atento" a abusos decorrentes da paralisação.

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