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Gilmar Mendes ataca decisão do STF de afastar Aécio do mandato

Para o ministro do Supremo, o que a 1ª Turma decidiu foi a prisão do senador e isso não seria permitido pela Constituição

Gilmar Mendes: "O Senado tem que deliberar sobre isso" (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

Gilmar Mendes: "O Senado tem que deliberar sobre isso" (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de setembro de 2017 às 19h02.

Brasília - O ministro Gilmar Mendes disse, nesta quarta-feira, 27, que o Senado tem de se posicionar sobre a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do exercício do mandato.

Para ele, o que a turma decidiu foi a prisão do senador e isso não seria permitido pela Constituição.

Mendes afirmou também que seria importante o plenário do STF se debruçar sobre o tema.

Segundo ele, ministros da Primeira Turma estão tendo "um tipo de comportamento suspeito" e aderindo a um "populismo constitucional."

"A 1ª Turma decidiu pela prisão do senador (Aécio Neves), o que não tem respaldo na Constituição. O Senado tem que deliberar sobre isso", disse Gilmar Mendes, no intervalo da sessão plenária do Supremo nesta tarde.

Mendes disse que "seria bom" que o tema viesse a ser julgado no plenário do STF. "Eu tenho a impressão que nós temos que discutir temas desta forma", disse.

Mendes endureceu a crítica aos ministros da Primeira Turma.

"Devemos evitar a todo custo o populismo constitucional, o populismo institucional. Devemos nos balizar pela Constituição. Quando começamos a reescrever a Constituição, é algo preocupante. Acho que, quando a Turma começa a poetizar, começa a ter um tipo de comportamento suspeito... certamente seria bom que a matéria viesse ao plenário. Matérias controvertidas devem vir a plenário", afirmou Gilmar Mendes.

Questionado pela reportagem, o ministro Gilmar Mendes não explicou o uso da expressão "comportamento suspeito" nem deu nome a ministro algum que estaria tendo este tipo de atitude.

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