Gilmar Mendes: "Eu não vou fazer juízo sobre isso, pois a tarefa de presidente da República é muito complexa", disse sobre a decisão de Joaquim Barbosa (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de maio de 2018 às 18h37.
Porto alegre - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse nesta terça-feira, 8, que apesar de ter todas as credenciais possíveis para disputar a Presidência, seu ex-colega de Corte Joaquim Barbosa teria dificuldade para dialogar com a classe política.
Em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, Gilmar Mendes fez uma análise do atual cenário político e endossou discurso de que a governabilidade passa pela maioria no Congresso. "Normalmente, o maior partido precisa fazer uma ponte com outros para ter maioria absoluta. Então, é preciso negociar e discutir", afirmou.
Sobre a desistência da pré-candidatura de Joaquim Barbosa pelo PSB, Gilmar Mendes preferiu não entrar no mérito da decisão, mas pontuou as dificuldades de se conduzir o País. "Eu não vou fazer juízo sobre isso, pois a tarefa de presidente da República é muito complexa. Dos quatro presidentes eleitos sob a Constituição de 88, Collor, FHC, Lula e Dilma Rousseff, somente dois terminaram o mandato", declarou.
O ministro do STF ainda rechaçou qualquer possibilidade de ir até Curitiba para entrevistar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal. "Não iria ao presídio para tanto", disse. Ele reforçou que a suposta entrevista, ventilada na impressa, é parte de um projeto que analisa a passagem dos 30 anos da Constituição Federal. "No caso de chegar a hora de ouvir Lula, se ele ainda estiver preso, alguém irá até lá para conversar com ele", finalizou.