O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho participa da 7ª edição dos Diálogos Governo - Sociedade Civil (Valter Campanato/Agência Brasil) (Valter Campanato/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de janeiro de 2023 às 09h35.
Ex-chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por dois mandatos, Gilberto Carvalho não irá, desta vez, para o Palácio do Planalto. Carvalho vai assumir agora a Secretaria de Economia Solidária. A pasta está na estrutura do Ministério do Trabalho, comandado por Luiz Marinho, que tomou posse nesta terça-feira, 3.
No domingo, dia 1º, Carvalho assistiu à posse de Lula do outro lado do Planalto, na Praça dos Três Poderes. "Queria sentir o povo. Tenho cada vez mais prurido com palácios", disse ele ao Estadão, ao lembrar que já trabalhou 12 anos no Planalto. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que em 2003 subiu a rampa do Planalto atrás de Lula, desta vez também preferiu ficar "na grama" da Esplanada, ao lado dos militantes. "Foi um dia histórico", resumiu.
O novo chefe de gabinete de Lula será Marco Aurélio Santana Ribeiro, o Marcola. Da velha guarda do PT, Carvalho - chamado por Lula de "Gilbertinho" - foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Dilma Rousseff. Ex-seminarista, ele atuou na campanha para aproximar o PT dos religiosos, especialmente dos evangélicos.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, queria que Carvalho fosse para a presidência da Fundação Perseu Abramo no lugar de Aloizio Mercadante. Ex-ministro no governo Dilma, Mercadante vai agora comandar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Marinho, porém, insistiu no convite a Carvalho, feito em 15 de dezembro, dia em que eles participaram, ao lado de Lula, do Natal dos catadores de materiais recicláveis, em São Paulo. Na lista das funções da secretaria estão justamente o incentivo à formação de cooperativas de catadores e o apoio à agricultura familiar.
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