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Giacobo "cumpre papel com tristeza" ao entregar denúncia a Temer

O deputado entregou nesta tarde a notificação da denúncia contra o presidente por corrupção passiva

Michel Temer: "Espero que tudo isso se resolva o mais breve possível" (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

Michel Temer: "Espero que tudo isso se resolva o mais breve possível" (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de junho de 2017 às 17h38.

Brasília - O primeiro-secretário da Câmara, deputado Fernando Giacobo (PR-PR), entregou a notificação da denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva ao subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha.

A notificação foi protocolada nesta quinta-feira, 29, às 16h05.

Ao chegar para entregar o documento, Giacobo afirmou que estava cumprindo um papel institucional "com tristeza".

"Com tristeza, como cidadão brasileiro e como deputado federal pela crise que nós estamos passando. Agora, nós temos que cumprir o nosso papel. Estou cumprindo o meu aqui. Espero que tudo isso se resolva o mais breve possível para que o país possa continuar avançando", disse.

Giacobo lembrou ainda que, no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a notificação também não foi entregue diretamente à presidente e sim ao então ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.

O deputado disse que não há prejuízo pelo fato do documento não ser assinado por Temer.

"Recebimento não pessoal pelo presidente da notificação não traz prejuízo à denúncia", afirmou. A reportagem apurou que Vale Rocha pretendia levar o documento na sequência ao presidente.

O deputado Giacobo informou que, com a notificação assinada, agora o documento será remetido à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e que, a partir da próxima sessão, passará a correr o prazo de dez sessões para que o presidente apresente sua defesa.

"(Foi uma) formalidade normal. A CCJ tem dez sessões do plenário para aguardar a defesa e mais cinco para julgar a defesa", afirmou.

Segundo ele, cabe à defesa do presidente ir à CCJ se defender dentro do prazo, mas ele pode optar por antecipar a entrega da defesa, o que também encurtaria o número de sessões para apreciação da denúncia.

"Se o presidente antecipar a defesa, o prazo de cinco dias para o parecer (que analisa a defesa) já começa a contar", explicou.

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