Uber: segundo o prefeito, também está em estudo permitir que carros de outras cidades paulistas ofereçam o serviço na capital (Victor J. Blue/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 17h13.
Em vigor desde 10 de janeiro, as novas regras do transporte por aplicativo na cidade de São Paulo devem ser novamente modificadas. O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), declarou nesta terça-feira, 30, que irá liberar a operação de veículos com até oito anos de fabricação.
Atualmente, o prazo de oito anos é válido para veículos inscritos nas empresas de transporte até julho de 2017. Para os motoristas que aderirem ao serviço no período posterior, os carros deveriam ter até cinco anos fabricação. "Há um consenso que (dividir) parte em cinco anos e parte em oito anos iria gerar muita confusão", declarou Doria durante evento no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
Segundo o prefeito, também está em estudo permitir que carros de outras cidades paulistas ofereçam o serviço na capital - o que não é permitido pela nova norma. "Nós temos de preservar evidentemente a arrecadação da cidade, é importante. IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) é uma forma de arrecadação importante", aponta.
Doria declarou ainda que a Prefeitura está em diálogo tanto com os taxistas quanto com as empresas de transporte por aplicativo. "O nosso objetivo é que ambos possam prestar bons serviços à cidade de São Paulo", disse.
"Preferimos o entendimento do que a judicialização", afirmou ao se referir às liminares contras parte das novas regras obtidas por empresas do ramo.
No evento, o prefeito comentou ainda que o aplicativo municipal Táxi SP deve ser lançado oficialmente em março. O app é uma versão "com pequenas adaptações" do Taxi.Rio, da Prefeitura do Rio de Janeiro, que permite a solicitação de corridas nos moldes da Uber, 99 e Cabify. "Já estamos em testes, que devem se concluir até o final de fevereiro", aponta Doria.
Diferentemente de outros apps, em que parte do valor da corrida é repassado à empresa, a Prefeitura não cobrará taxa do motorista, que também poderá decidir o tamanho do desconto dado ao usuário. O pagamento poderá ser feito em dinheiro e cartões de crédito e débito.