(Adriano Machado/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2018 às 23h55.
Última atualização em 5 de abril de 2018 às 00h06.
São Paulo - Enquanto justificava seu voto em sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) - que decide sobre o pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula - o ministro Celso de Mello passou um recado aos militares e incomodou um general.
O ministro mais velho da Corte disse que o respeito à Constituição é “indeclinável”, e que é preciso que o poder militar esteja sujeito ao civil. Celso de Mello chegou a citar que já se distanciam no tempo histórico os dias “sombrios” pelos quais passou o país, numa referência à ditadura militar.
“É preciso ressaltar que a experiência concreta que se submeteu o Brasil no regime de exceção constitui para esta e próximas gerações uma grande advertência que não pode ser ignorada”, completou o ministro.
Em resposta, o general Paulo Chagas resolveu fazer um desabafo em sua conta do Twitter.
Celso de Mello considera que os militares são cidadãos de segunda classe, com obrigação de votar, mas sem direito à opinião ou de alertar a sociedade para os perigos que passa a correr quando o Poder Judiciário prioriza a política em detrimento do cumprimento da Lei.
— General Paulo Chagas (@GenPauloChagas) April 5, 2018
Na véspera, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, usou as redes sociais para dizer que a instituição que comanda repudia a impunidade.