Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-ministro da Secretaria de Governo (Ueslei Marcelino/Reuters)
Marcelo Ribeiro
Publicado em 25 de novembro de 2016 às 10h39.
Última atualização em 25 de novembro de 2016 às 12h57.
Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), pediu demissão nesta sexta-feira (25) por e-mail enviado ao presidente Michel Temer (PMDB), de acordo com a assessoria de imprensa da Presidência da República. O ministro deixou a pasta com o objetivo de evitar que a crise se alastre pelo governo peemedebista.
Com o pedido de demissão, Geddel perde o foro privilegiado e pode ser julgado em instâncias inferiores ao Supremo Tribunal Federal (STF). O caso está sendo investigado pela Polícia Federal.
O estopim para a saída de Geddel seria a denúncia de tráfico de influência feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero (PMDB-RJ).
Considerado um dos principais articuladores do presidente Michel Temer (PMDB), o ministro está no meio da crise que aflige o governo desde a última sexta-feira (18), quando Calero acusou Geddel de tê-lo pressionado a produzir parecer técnico para favorecer seus interesses pessoais.
Segundo Calero, o articulador do governo Temer o procurou para que o Iphan, órgão subordinado à Cultura, aprovasse o projeto imobiliário La Vue Ladeira da Barra, localizado próximo a uma área tombada em Salvador.
Em depoimento à Polícia Federal na quinta-feira, Calero afirmou que Temer o teria “enquadrado” com o objetivo de construir uma “saída” no caso do imóvel de interesse de Geddel. O governo admite o encontro para solucionar impasse na sua equipe e evitar conflitos entre seus ministros.
Veja a carta de demissão enviada por Geddel ao presidente Michel Temer: