O prefeito do Rio, Eduardo Paes: "se fôssemos fazer um anúncio em um canal de televisão, com a visibilidade que esse sorteio trará, certamente, gastaríamos mais" (Fábio Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2011 às 12h59.
Rio de Janeiro - O prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, justificou hoje (29) o gasto de R$ 15 milhões para a realização do sorteio das eliminatórias da Copa do Mundo de 2014 afirmando que o evento trará visibilidade para a cidade.
O prefeito defendeu que o custo representa um investimento em imagem, já que o evento será transmitido para 150 países e deve ser assistido por 500 milhões de pessoas. Para isso, estão na cidade mais de 200 jornalistas. O sorteio será feito amanhã (30), na Marina da Glória, no centro.
"Sentimos que esse evento traz muito mais do que os recursos que a prefeitura está locando", disse. "Os benefícios, a divulgação para a cidade, se fôssemos fazer um anúncio em um canal de televisão, com a visibilidade que esse sorteio trará, certamente, gastaríamos mais", afirmou no Palácio da Cidade, depois da assinatura de contrato com a Federação Internacional de Futebol (Fifa).
Ele também reafirmou que as obras para competições esportivas na cidade estão dentro do prazo e beneficiarão os mais pobres.
Perguntado sobre a manifestação organizada para amanhã, cujo intuito é protestar contra remoções para as obras, o prefeito disse que os empreendimentos na cidade atenderão a todos, principalmente, os pobres do subúrbio, que terão o tempo de deslocamento reduzido com a instalação de corredores expressos para ônibus (BRTs), por exemplo.
"As pessoas sempre protestam contra alguma coisa. O protesto não é contra a Copa do Mundo", disse. "Quem vai andar nos BRTs [corredores] não é atleta. Uma linha que corta o subúrbio não é um projeto turístico. É um investimento para os pobres", reforçou, explicando que todas as remoções seguem procedimentos legais. O Ministério Público Estadual, entretanto, questiona os procedimento de remoção.
No Palácio da Cidade, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, apenas discursou. Destacou o crescimento econômico do Brasil e a possibilidade do país de divulgar sua cultura no Mundial. Também elogiou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e disse que o fato de o dirigente acumular a presidência do Comitê Organizador Local (COL) facilita a relação com a entidade. "Estamos felizes de estar no Rio e esperamos sucesso na Copa", disse.
Presente ao evento, o governador do Rio, Sérgio Cabral, também ressaltou "a administração vitoriosa do querido Ricardo Teixeira", se referindo às Copas do Mundo de 1994 e 2002 e ao vice-campeonato em 1998. Já Teixeira se limitou a elogiar a capital fluminense, que também será sede do COL, e a destacar o apoio de atuais e ex-governantes para realização do Mundial.