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Gasto per capita em aeroporto de Cláudio é o maior de Minas

O gasto por habitante foi de R$ 510,42, proporcional ao orçamento de R$ 13,9 milhões aplicado em obras de ampliação do aeroporto


	Aécio Neves: ele afirmou que Cláudio é um "centro industrial importante", onde funcionam "mais de 300 fundições"
 (Jose Cruz/ABr)

Aécio Neves: ele afirmou que Cláudio é um "centro industrial importante", onde funcionam "mais de 300 fundições" (Jose Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 14h34.

Belo Horizonte - O aeroporto do município de Cláudio, no centro-oeste de Minas, recebeu o maior aporte per capita entre os 24 equipamentos beneficiados com investimentos do Programa Aeroportuário de Minas Gerais (Proaero).

O gasto por habitante foi de R$ 510,42, proporcional ao orçamento de R$ 13,9 milhões aplicado em obras de ampliação do aeroporto na cidade de 27,3 mil habitantes, segundo dados de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os R$ 510,42 equivalem a quase três vezes a média de investimento de R$ 179,07 per capita em 11 aeroportos que receberam obras do mesmo tipo no Estado e a quase quatro vezes a média de R$ 128,52 por capita se considerados também os investimentos em obras de adequação de infraestrutura feitas em mais 13 aeródromos.

Chega, ainda, a ser mais de dez vezes maior que o volume de recursos per capita aplicado, por exemplo, em Divinópolis, cidade com 226,3 mil habitantes a 50 quilômetros de Cláudio, e cujo aeroporto também passou por obras de ampliação, com custo de R$ 11,5 milhões (R$ 50,84 per capita).

O maior investimento feito por meio do programa foi no Aeroporto Regional da Zona da Mata, localizado entre Goianá e Rio Novo. As obras no terminal tiveram custo de R$ 106,8 milhões, correspondendo a um gasto per capita de R$ 195,80 se considerados os 545,9 mil habitantes de Juiz de Fora - principal cidade atendida pelo terminal.

Na outra ponta, o menor foi em Guanhães, cujo aeroporto recebeu R$ 350 mil, equivalentes a um investimento de R$ 10,59 per capita.

Critérios. O aeroporto instalado em um terreno desapropriado da fazenda do ex-prefeito Múcio Guimarães Tolentino, tio-avô de Aécio, recebeu obras para ampliação da capacidade orçadas em R$ 13,9 milhões, entre 2009 e 2010, durante a gestão do presidenciável tucano à frente do Executivo estadual.

Até o momento, foram investidos R$ 333,3 milhões em obras de adequação, ampliação, melhoria, revitalização e construção de terminais por meio do programa.

Pela proposta original, a seleção dos aeroportos seria "baseada" em pontos como o potencial econômico, a "distribuição estratégica no Estado" e a "densidade populacional", entre outros.

Cláudio é o único município com menos de 30 mil habitantes a ter investimento do Estado no aeroporto.

Ao justificar a escolha da cidade para receber o investimento, Aécio afirmou que Cláudio é um "centro industrial importante", onde funcionam "mais de 300 fundições".

O produto interno bruto (PIB) do setor de serviços da cidade, segundo o IBGE, foi de R$ 198,5 milhões em 2011, quase três vezes os R$ 67,5 milhões do PIB da indústria.

Adensamento

Especialista em economia regional e urbana, o professor Rodrigo Ferreira Simões, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), avalia que a malha regional aérea no País é "muito pouco densa" e precisa ser adensada para beneficiar a "acessibilidade" e incentivar "algumas atividades de maior valor agregado".

Mas, observou, "a localização desses aeroportos tem que ser bem pensada", levando-se em conta "fluxos pré-existentes identificados em outros modais e também a ideia de complementaridade de adensamentos regionais".

"Na escala local, é muito difícil ter densidade que justifique um fluxo comercial", disse Simões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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