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Garis não aceitam acordo e mantêm paralisação no Rio

Grevistas não aceitaram o acordo firmado pelo Sindicato e pela Comlurb para encerrar o movimento

Garis da cidade protestam pelo terceiro dia consecutivo em frente à prefeitura do Rio de Janeiro (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Garis da cidade protestam pelo terceiro dia consecutivo em frente à prefeitura do Rio de Janeiro (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2014 às 20h36.

Rio - Garis do Rio de Janeiro em greve desde sábado decidiram, no início da noite desta segunda-feira, 3, manter a paralisação que tem deixado cheias de lixo áreas do Centro onde se concentra o carnaval de rua e perto do Sambódromo.

Eles não aceitaram o acordo firmado pelo Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação e a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), da prefeitura, para encerrar o movimento.

Os grevistas consideraram insuficiente a oferta, que inclui aumento do o piso salarial de R$ 802, 53 para R$ 874,79, mais 40% de adicional de insalubridade, totalizando vencimento de R$ 1.224,70. Haverá ainda acréscimo de 1,68% dentro do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, com progressão horizontal, e alguns outros benefícios.

"O que ficou acertado na reunião foi praticamente a mesma coisa que eles haviam acordado com o sindicato antes, mas não é isso que nós queremos, nós queremos o aumento do salário, então a gente vai devolver essa proposta e vamos ver o que eles vão fazer", afirmou o um dos porta-vozes do movimento, Ivair Oliveira de Souza.

O acordo inclui também bônus de 100% na hora extra para quem trabalhar nos domingos e feriados, mantido o direito à folga, plano odontológico, aumento do vale-alimentação de R$ 12 para R$ 16, auxílio-creche e acordo de resultados possibilitando pagamento 14º e 15º salários. Souza lamentou a sujeira que tomou partes da cidade desde o início da greve, nas primeiras horas de sábado de Carnaval.

Na tarde desta segunda, trabalhadores em greve foram em passeata até o Centro Administrativo São Sebastião (CASS), sede da prefeitura, onde discutiram o fim do movimento com o presidente da Comlurb, Vinícius Roriz, e o presidente do sindicato, Manoel Meirelles. Depois de mais de duas horas de conversa, porém, os grevistas não aprovaram o acordo, aceito pelo sindicato que representa a categoria. Souza lamentou a sujeira que tomou partes da cidade desde o início da greve, nas primeiras horas de sábado de Carnaval.

"Garantimos à população que assim que tudo for resolvido, deixaremos a cidade limpa em 24 horas", afirmou.

A Comlurb declarou por nota que os funcionários que voltassem a trabalhar no início do turno da noite de segunda (às 19h) não sofreriam nenhuma punição, mas advertiu que quem não o fizesse seria demitido por justa causa. No domingo, 2, o plantão da Justiça do Trabalho declarou a paralisação ilegal e concedeu liminar determinando o imediato retorno dos garis ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 25 mil. Contudo, até a noite de hoje, a greve continuava, com ruas monturos de lixo espalhados por áreas centrais da cidade.

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