Brasil

Garis do Rio pedem reajuste do salário para R$ 1,2 mil

Um dos representantes da categoria, Alexandre Paes, disse que a contraproposta da prefeitura não agradou aos garis


	Garis da cidade do Rio protestam: eles só encerrarão a greve, que já dura três dias, se prefeitura aceitar reajustar salário da categoria para R$ 1.200, entre outras demandas
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Garis da cidade do Rio protestam: eles só encerrarão a greve, que já dura três dias, se prefeitura aceitar reajustar salário da categoria para R$ 1.200, entre outras demandas (Tomaz Silva/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de março de 2014 às 18h00.

Rio de Janeiro - Centenas de garis reunidos na sede da prefeitura do Rio de Janeiro decidiram continuar em greve, depois de um encontro entre representantes do movimento grevista e o presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), Vinícius Roriz.

Os garis informaram que só encerrarão a greve, que já dura três dias, se a prefeitura aceitar reajustar o salário da categoria para R$ 1.200, entre outras demandas.

Um dos representantes da categoria, Alexandre Paes, disse que a contraproposta da prefeitura não agradou aos garis, que não reconhecem o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro como negociador.

“A contraproposta da prefeitura foi a mesma que o sindicato havia solicitado sem consultar a categoria, que seria um aumento de R$ 70. Nós não aceitamos e permaneceremos em greve”, disse Alexandre. “O presidente da Comlurb disse que a greve é ilegal e que poderemos ser demitidos por justa causa, mas a maioria optou pela greve e assim será".

Mais cedo, os garis se concentraram na Central do Brasil, onde em assembleia optaram pela continuação da greve. Eles caminharam até a sede da prefeitura e chegaram a interditar parcialmente a Avenida Presidente Vargas. Lá, um grupo foi chamado para negociar com o sindicato no interior do prédio. Houve um início de tumulto no momento da entrada, apaziguado pelos líderes do movimento.

Mais de 100 policiais militares e do Batalhão de Choque acompanharam o protesto com cerca de dez viaturas.

Além do reajuste do salário , que hoje é R$ 803, a categoria também pede aumento no valor do tíquete-alimentação diário de R$ 12 para R$ 20, pagamento de horas-extras para quem trabalhar nos domingos e feriados, como previsto em lei e melhores condições de trabalho.

Com dez anos de trabalho, o gari Juliano Jorge Pimenta dos Santos disse que há três anos não tem aumento real do salário. “É um salário de fome. E o tíquete-alimentação de R$ 350 por mês, não dá para nada. Enquanto isso, tem gerente ganhando R$ 8 mil”, argumentou.

Segundo os grevistas, os funcionários que não aderiram à greve são os que ingressaram recentemente na companhia e temem perder o emprego. “São os novatos em período de experiência. Mas 60% aderiram”, declarou Santos.

A Agência Brasil não conseguiu contato com nenhum representante do Sindicato dos Garis ou da Comlurb até a publicação da matéria.

Ruas de alguns bairros e o Sambódromo amanheceram hoje (3) tomadas de lixo, o que deve ocorrer nos próximos dias com a continuação da greve.

Acompanhe tudo sobre:Direitos trabalhistasGrevesReajustes salariais

Mais de Brasil

Brasil espera número recorde de voos da Espanha, que já responde por 13% do volume europeu

Gestão Pochmann quer que sindicato de servidores do Instituto não use mais sigla IBGE no nome

AGU recorre de decisão do TCU que bloqueia verbas do programa Pé de Meia

Investigada no caso Deolane, Esportes da Sorte é autorizada a operar apostas no Brasil