Garis: segundo sindicato, há cerca de 15,5 mil trabalhadores da limpeza urbana na capital paulista (Antônio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2014 às 15h57.
São Paulo - Os garis e varredores da cidade de São Paulo aceitaram a proposta de reajuste salarial de 9,5% e de 10,5% dos vales-refeição e alimentação, em assembleia nesta quinta-feira, 25.
A categoria estava em estado de greve desde quarta-feira, 24, e anunciou na tarde desta quinta-feira que cruzaria os braços a partir das 6h da próxima segunda-feira, 29.
"Decidimos negociar até o limite de 9,5%, que foi aceito pelo sindicato patronal", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco), Moacyr Pereira.
"É um aumento real de 3%. Com isso, nós decidimos suspender a greve e entender que ficaram concluídas as negociações."
A pauta de reivindicações do Siemaco continha 13 itens.
Entre elas, estava o reajuste de 15% no salário e nos benefícios, auxílio na alimentação para os períodos da manhã e da noite, além de adicional de insalubridade para todos os trabalhadores operacionais, como os funcionários de limpeza de córregos e lavagem de veículos.
"As reivindicações mais importantes eram de salários e benefícios", disse Pereira.
"Algumas sobre condições de trabalho foram atendidas. Continuaremos lutando pelas que não foram ao longo do ano."
De acordo com o Siemaco, há cerca de 15,5 mil trabalhadores da limpeza urbana na capital paulista.
O Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur) informou, em nota, que as negociações com o Siemaco foram iniciadas a tempo, "já que a data base da categoria é o mês de setembro".
"A prioridade do Selur, compartilhada pelo Siemaco, é garantir sempre o atendimento da população", afirmou o presidente do Selur, Ariovaldo Caodaglio.
"Nesse sentido, foram fomentados o diálogo e o bom senso a fim de encontrar uma solução positiva para todos."