BNDES: funcionários vão promover um ato contra o que classificam "antipatriótica desconstrução" do banco (Nacho Doce/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de junho de 2019 às 09h03.
Última atualização em 17 de junho de 2019 às 14h08.
Rio — Funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão promover um ato contra o que classificam "antipatriótica desconstrução" do banco. A manifestação, organizada pela Associação dos Funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, está marcada para quarta-feira, 19, véspera do aniversário de 67 anos da instituição.
O ato foi marcado no dia 13 de junho, portanto, antes da demissão do presidente Joaquim Levy, mas ganhou maior repercussão a partir dos acontecimentos relacionados ao banco ocorridos neste final de semana. A nota divulgada pela entidade afirma que a manifestação é "contra a antipatriótica desconstrução do BNDES, em especial a medida do relator da reforma da Previdência de acabar com os repasses constitucionais do PIS e Pasep para o BNDES."
De acordo com fontes da equipe econômica, uma das ideias aventadas é que o BNDES passe a ser o responsável por tocar as privatizações do governo. A avaliação é de que, com a redução do tamanho do banco na concessão de crédito, o órgão perdeu a relevância que tinha em governos anteriores para o fomento da economia e poderia, assim, assumir também outras funções, como a de gerir privatizações.
Segundo a associação, pelo menos cinco ex-presidentes do BNDES vão participar do protesto: Dyogo de Oliveira (abril de 2018 a janeiro de 2019), Paulo Rabello de Castro (maio de 2017 a abril de 2018), Luciano Coutinho (2007 a 2016), Luiz Carlos Mendonça de Barros (1995 a 1998) e André Franco Montoro Filho (1985 e 1986).