Latam: peruanos receberiam salários menores do que os colegas empregados em países vizinhos (Divulgação/Latam)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2014 às 20h18.
Rio - Funcionários das companhias aéreas LAN e TAM no Brasil, que formam o grupo Latam, ameaçam cruzar os braços durante a Copa do Mundo caso não sejam retomadas as negociações salariais com trabalhadores do Peru, que receberiam salários menores do que os colegas empregados em países vizinhos.
Em nota, os representantes dos trabalhadores informaram ter entregue documento aos acionistas e passageiros das companhias relatando os problemas vividos por funcionários das filias no Peru e na Argentina.
Nesta segunda-feira, 12, os trabalhadores se reuniram no Rio de Janeiro para discutir o problema, Presente ao encontro, o presidente da Federação dos Trabalhadores da Aviação Civil, Sérgio Dias, lembrou que as negociações entre a LAN Peru e comissários de voo e mecânicos estão paralisadas há quase seis meses.
O sindicalista alertou que a perspectiva de paralisação durante a Copa do Mundo é ainda maior porque aeroviários de outras companhias também estão insatisfeitos com os rumos da campanha salarial no Brasil.
Segundo ele, as companhias não estão atendendo as reivindicações da categoria, que pede um reajuste salarial de 8% e um aumento de 10% no vale refeição.
"O grau de insatisfação da categoria é muito grande", disse. Além disso, criticou a gestão da Latam, que, segundo ele, promove uma desigualdade entre os seus trabalhadores baseados em diferentes países.
Segundo ele, a Lan paga aos trabalhadores peruanos a metade do salário dos trabalhadores chilenos na mesma posição e empresa.
De acordo com os sindicalistas, o grupo Latam vai realizar mais de 300 voos internacionais para o Brasil.
A maior parte dos passageiros virá do Chile, do Peru e da Inglaterra. No Brasil, a Tam Linhas Aéreas terá um aumento de 31% em suas ofertas e vai adicionar mais de 750 voos domésticos.