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Funcionários da GM de São José da tarde entram em greve

Com isso, os cerca de 5,2 mil colaboradores da unidade paralisaram totalmente a produção na unidade


	Trabalhador da GM: decisão foi tomada em assembleia realizada a partir das 14h30
 (REUTERS/Roosevelt Cassio)

Trabalhador da GM: decisão foi tomada em assembleia realizada a partir das 14h30 (REUTERS/Roosevelt Cassio)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2015 às 16h18.

São Paulo - Assim como os trabalhadores da manhã, os funcionários do turno da tarde da fábrica da General Motors (GM) de São José dos Campos (SP) também decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira, 20.

A decisão foi tomada em assembleia realizada a partir das 14h30. Com isso, os cerca de 5,2 mil colaboradores da unidade paralisaram totalmente a produção na unidade.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos explica que a greve é reação a uma proposta da montadora de demitir cerca de 800 funcionários da unidade após dois meses de lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho), com previsão de início para os próximos 15 dias.

De acordo com a entidade, a proposta foi apresentada durante reunião entre trabalhadores e representantes da empresa na noite dessa quinta-feira.

"Eles propuseram para nós ou aceitar o lay-off por dois meses e depois demitir ou demitir imediatamente", contou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

De acordo com o sindicato, a GM não divulgou uma lista com nomes de funcionários que seriam demitidos.

Os trabalhadores prometem ficar de braços cruzados dentro da fábrica durante a greve e só voltar ao trabalho quando as demissões forem revogadas.

Segundo Macapá, a GM alega ter um excedente de 700 trabalhadores em São José.

A empresa estendeu até esta sexta-feira um Programa de Demissão Voluntária (PDV) que deveria ter sido encerrado há uma semana, para tentar atrair os 798 trabalhadores da unidade que retornaram do lay-off na semana passada e que, por isso, possuem estabilidade no emprego até agosto.

O PDV também se estende à unidade de São Caetano do Sul, onde 950 trabalhadores estão em lay-off.

O dirigente informou ainda que o sindicato entrou em contato, na noite de ontem, com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, pedindo que o governo intermedeie as negociações com a empresa.

O ministro teria sugerido uma reunião na próxima sexta-feira, mas a reunião não chegou a ser marcada.

O sindicato pediu também que o governo edite uma Medida Provisória garantindo a estabilidade no emprego para todos os trabalhadores de empresas que recebem incentivos fiscais.

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